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A Vanilla é a palavra inglesa literal para “baunilha”, que se refere à uma planta – um gênero de orquídea
nativa do México - da qual é extraída a essência usada como sabor ou essência aromática,
que deriva do espanhol Vainilla, uma
forma diminutiva de “vaina”, que quer dizer “bainha”. Com o tempo também passou a ser usada para referir
à cor amarelo clara originária da especiaria.
Originalmente cultivada pelos
povos mesoamericanos pré-colombianos, parece ter sido levada para a Europa
juntamente com o chocolate na década de 1520, pelo conquistador espanhol Hernán
Cortés. Na maioria das línguas, a baunilha é designada por termos foneticamente
muito semelhantes: Vanilla em
inglês, wanilia em polonês, vanilje em sueco.
No Brasil, há 50 pessoas chamadas
Vanilla, segundo dados do IBGE
(Nomes no Brasil, Censo 2010).
O poeta Gonçalves Dias dedicou à
planta um poema, escrito em 1861, onde se lê (domínio público):
A Baunilha
Vês como aquela
baunilha
Do tronco rugoso e feio
Da palmeira - em doce
enleio
Se prendeu!
Como as raízes meteu
Da úsnea no musgo raro,
Como as folhas -
verde-claro -
Espalmou!
Como as bagas pendurou
Lá de cima! como enleva
O rio, o arvoredo, a
relva
Nos odores!
Que inspiram falas de
amores!
Dá-lhe o tronco -
apoio, abrigo.
Dá-lhe ela - perfume
amigo,
Graça e olor!
E no consórcio de amor
- Nesse divino existir
-
Que os prende, vai-lhes
a vida
De uma só
seiva nutrida,
Cada vez mais a subir!
Se o verme a raiz lhe
ataca,
Se o raio o cimo lhe
ofende,
Cai a palmeira, e
contudo
Inda a baunilha
recende!
Um dia só! _ que mais
tarde,
Exausta a fonte do
amor,
Também a baunilha perde
Vida, graça, encanto,
olor!
Eu sou da palmeira o
tronco,
Tu, a baunilha serás!
Se sofro, sofres
comigo;
Se morro - virás atrás!
Ai! que por isso,
querida,
Tenho aprendido a
sofrer!
Porque sei que a minha
vida
É também o teu viver.
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