O
Behind The Name dá Richenza como uma
forma polonesa e inglesa medieval de Rikissa, que era um diminutivo comum sueco
para nomes que começavam com rik-. O termo germânico rich/rik/Rick significa “poder, riqueza, leis”.
Quando
encontrei esse nome no Blog Once Upon a Time Baby Names fiquei surpresa por que
nunca tinha ouvido antes. O nome é tradicionalmente considerado como polonês,
embora tenha vindo do norueguês antigo (Rikissa),
enquanto outras fontes sugerem que ele poderia ter vindo de Ricarda.
O nome
possui outras grafias, como Ryksa, Rixa,
Richenza e Richenza. O nome Richenda evoluiu de Richenza, mas eu também não o conhecia.
Há nomes relacionados, em parte, na cultura norte-americana: Richmay, Richemaya, Richma e Richilda.
Começando
com a pessoa mais antiga que foi portadora desse nome, Richenza de Lotaríngia, descobriu-se que esse nome não é tão
obscuro como pensávamos. Essa mulher nasceu por volta do ano 995, dentro da
nobreza alemã e casou-se com o rei da Polônia da época. Embora seu marido não tenha
conseguido um reinado muito longo, Richenza
tornou-se freira e agora é conhecida como Santíssima Richenza de Lotaríngia.
Ela
teve três filhos: Casimir I, o Restaurador; Ryksa,
rainha da Hungria; e Gertruda, princesa de Kiev. Seus nomes descendentes
passaram a governar poderosas dinastias, e quatro de seus descendentes
tornaram-se santos: Irene da Hungria; princesa Margaret da Hungria; Kinga, a
duquesa de Cracóvia e Elisabeth, princesa da Turíngia.
Passando
para a próxima portadora, Richenza de
Northeim, que era duquesa da Saxônia, a rainha da Alemanha e santa
imperatriz romana, dando a esse nome um considerável peso histórico. Essa nobre
nasceu por volta de 1087 e provou ser uma grande governante, lutando pelos
direitos de sua filha e netos.
Outra
portadora famosa dentro da nobreza foi Richenza
de Berg, nascida por volta de 1095, era duquesa da Bohemia.
Em 1116 nasceu Richenza da Polônia,
a princesa polonesa da Câmara dos Piast. Ela se casou três vezes, tornando-se
princesa de Minsk também. Como Richenza
de Lotaríngia, esta mulher também tinha ancestrais excepcionais - um dos
quais era Ingeborg da França. Neta de Richenza
da Dinamarca, nascida 1180, foi a rainha consorte medieval da Suécia, casada com
o rei Eric X, e seu nome foi dado em homenagem a sua avó. Os registros históricos demonstram que nos seis
curtos anos que Eric estava vivo durante seu casamento, Richenza deu a luz à meninas, mas quando ele morreu ela estava
grávida de seu último bebê, que acabou por ser um menino: o futuro rei da
Suécia.
Ryksa de Castela e Leão
nasceu em 1140, sendo condessa de Provence, e também condessa Richenza de Everstein, também conhecida
como Richenza da Polônia. Em Castela
ela era conhecida como Regina Riquilda.
Richenza von Northeim; c.
1085 - 10 de junho de 1141, traduzido pela Wikipedia portuguesa como Ricarda de
Northeim, foi a consorte de Lotário II, duque da Saxônia, rei da Germânia e
imperador do Sacro Império Romano-Germânico.
Passamos
então a Richenza da Suécia, esposa de Przemysl II da Polônia, conhecida
como Ryksa Waldemarowna. Ela
provavelmente teve um casamento feliz, sendo que o marido exigiu ser enterrado
ao lado dela.
Por último, citamos Elizabeth Richenza da Polônia, também conhecida
como Eliska Rejcka ou Ryksa Elzbieta,
mas seu nome de nascimento era Richenza.
Era filha de Richenza da Suécia e
Przemysl II, e se tornou rainha consorte da Bohemia. Em seus últimos anos ela
se concentrou em cultura, religião e construção de igrejas.
Inegavelmente,
apesar de desconhecido para a língua portuguesa, ele é um nome que tem
história. Porém, ele é traduzido automaticamente pela Wikipedia e pelo Google como
Ricarda, logo, toda vez que procuramos por Richenza,
somos bombardeados por uma quantidade enorme de Ricardas, o que não corresponde
à realidade.
Simplesmente
detesto a mania que se tem de traduzir nomes. Nomes não se traduzem. A Rainha
Elizabeth não se chama Rainha Isabel, o nome dela é Elizabeth, e ninguém é
ignorante ao ponto de não conseguir pronunciar Elizabeth. Assim com Richenza, que não tem necessidade
nenhuma de traduzir como Ricarda.
Falando
especificamente do nome, fico em dúvida se a pronúncia correta é Ri(que)nza como em Ricarda, ou Ri(chen)za como no italiano Francesca ou
Vincenza. Confesso que prefiro a sonoridade da segunda opção, até por que nós
brasileiros estamos extremamente habituados à nomes com vibe italiana. No caso da primeira opção, ele lembra a palavra
riqueza, e não deixa de ser belo.
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