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Segundo as poucas
fontes sobre nomes indígenas que temos para pesquisar, Anahí é um nome de
origem tupi e quer dizer “bela flor do céu”.
Porém, na fonte
seguinte – no caso, o Dicionário de Nomes Próprios - já encontramos “aquela que
tem a voz doce”, a partir de uma lenda tupi-guarani, segundo a qual esse era o
nome de uma índia que teria sido queimada, e no momento em que ardia em chamas,
transformava-se numa flor – a flor da árvore de Ceibo (Cujo nome científico é Erythrina
crista-galli).
Segundo a lenda, Anahí era uma índia que gostava muito
de cantar, e que vivia feliz em sua tribo, até que invasores chegaram e
aprisionaram os índios. Ao tentar se defender e escapar, Anahí acaba ferindo um dos guardas, e seu castigo é morrer na
fogueira amarrada a uma árvore. O Ceibo representa, dessa forma, o sofrimento e
a coragem, e é conhecida como a flor nacional da Argentina, onde há abundância
dessa espécie. No Brasil, essa flor é chamada de corticeira do banhado, ou flor
de Aguaí.
O Brasil, o Paraguai
e a Argentina tem o privilégio de ser o único habitat dessa flor agreste,
escarlate e incrustada em sua árvore mãe. A história da mulher brava e lutadora
pela sua liberdade de sua tribo foi cantada em prosa e verso, sendo a mais famosa
das canções paraguaias, a Guarânia de
Autoria a de Osvaldo Sosa Cordero,
com versão portuguesa de José Fortuna, cantada por Cascatinha e Inhana, como
também pelo Duo Bauruense (Jorge Luis e Adriana).
Versão
paraguaia
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Versão
brasileira
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Anahí,
las arpas
dolientes,
hoy lloran
arpegio
que son para
ti.
Anahí
recuerdan
acaso
tu inmensa
bravura,
reina
guaraní.
Anahí
indiecita
fea,
de la voz
tan dulce
como el
aguai;
Anahí,
Anahí,
tu raza no
ha muerto,
perduran tus
fueros
en la flor
rubí.
Defendiendo
altiva
tu indómita
tribu,
fuiste
prisionera.
Condenada ha
muerte,
ya estaba tu
cuerpo
envuelto en
la hoguera.
Y en tanto
las llamas
lo estaban
quemando,
en roja
corola se fue
transformando.
La noche
piadosa cubrió tu dolor
y el alba
asombrada, miró tu martirio,
hecho ceibo
en flor.
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Anahí
As arpas
sentidas soluçam arpejos
Que são para
ti;
Anahí
Teus acordes
lembram a imensa bravura
Da raça
tupi;
Anahí
Índia flor
agreste da voz tão suave
Como aguaí;
Anahí, Anahí
Teu vulto no
campo difere entre as flores
Pela cor
rubi.
Defendendo
altiva
Tua valente
tribo, foste prisioneira
Condenada à
morte,
Já estava
teu corpo envolto à fogueira;
E enquanto
as chamas a estavam queimando
Numa flor
tão linda se foi transformando.
Os teus
inimigos fugiram dali!
As aves
ficaram cantando o milagre
Da flor de
Anahí.
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A lenda, com toques
de literatura, foi contada neste
blog, que aqui transcrevo:
“Conta-se que Anahí era uma índia tupi, não era
formosa e não tinha a menor beleza, mas era dotada de linda voz canora que
encantava a tribo, todas as tardes, ao cair do sol. Aproximava-se do manso rio
que cortava a aldeia, e ecoava as canções tribais que falavam de suas
conquistas e vitórias, seu amor à mãe terra, e aos seus deuses.
Chegou, porém, o homem branco,
comandando tropas invasoras; eram os conquistadores espanhóis, matando a
muitos, e levando velhos, mulheres e crianças como cativos.
Prisioneira, Anahí não se conformava, e procurava a cada dia uma forma de fuga,
até que logrou êxito, fugindo com um pequeno grupo de índias e crianças, porém,
o ato foi percebido pelo sentinela com quem lutou bravamente, demonstrando a
coragem e a bravura de sua raça, acabando por matá-lo, mas atraindo a atenção
dos demais soldados que vieram. Levaram-na de volta ao cativeiro onde foi, em
rápido julgamento militar, condenada à morte pela fogueira.
Atada à uma árvore entre troncos
e folhas secas, viu-se atear fogo. Anahí
bravamente se comportava; enquanto aguardava o momento em que os algozes
ateariam fogo, cantava as canções do seu povo, louvando os deuses.
No meio das chamas, viu-se
acontecer um milagre: Anahí se
transforma em flor incrustada à árvore, numa espantosa fusão, tornando-se cor
de rubi, assustando os inimigos que apavorados, dali fugiram, tornando livre a
sua raça.
Com sua vida, a flor de Anahí deu liberdade ao seu povo que a
consagra, crendo nela haver o poder e a força da fertilidade, e beleza que não
tinha”.
Esse nome, independente
da veracidade ou não da origem e do significado, vem carregado de simbologia indígena,
aliado à associação com a flor e com a história de coragem, bravura e
perseverança da índia Anahí. Além de
começar com Ana, um nome extremamente usual para todos nós, sua terminação
coincide com vários outros nomes indígenas ou não, usados no Brasil em várias gerações
como Araci, Ceci.
No estado de São
Paulo, de acordo com dados divulgados pela Arpen/SP, em 2015 foram registradas
sete meninas chamadas Anahí e nove
representantes do nome sem a acentuação, Anahi.
É importante também dizer que 66ª posição dos nomes femininos mais registrados
no Chile, encontra-se Anahís que,
penso, pode ser uma variante de Anahí.
Segundo a ferramenta Nomes no Brasil (Censo 2010, IBGE), são 430 pessoas chamadas Anahí. A maioria foi registrada nos anos 2000, e o estado de maior frequência do nome é Mato Grosso do Sul. Há também 191 pessoas chamadas Anahy.
A grafia sem o "h" é mais apreciada: Anaí é o nome de 1.082 pessoas, e Anay de 234 pessoas, supondo é claro, que Anay seja pronunciado da mesma forma.
Segundo a ferramenta Nomes no Brasil (Censo 2010, IBGE), são 430 pessoas chamadas Anahí. A maioria foi registrada nos anos 2000, e o estado de maior frequência do nome é Mato Grosso do Sul. Há também 191 pessoas chamadas Anahy.
A grafia sem o "h" é mais apreciada: Anaí é o nome de 1.082 pessoas, e Anay de 234 pessoas, supondo é claro, que Anay seja pronunciado da mesma forma.
A maior representante
do nome é Anahí Giovanna Puente
Portilla de Velasco, uma figura pública
bastante popular na América Latina. Natural do México, Anahí é cantora, compositora, atriz, modelo e estilista. É conhecidíssima
no Brasil pela sua participação na novela “Rebelde”.
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Que belíssimo nome e que belíssimo post completinho, recheado de informações! adorei!
ResponderExcluirHá muito tempo eu li um livro sobre o movimento sem terra cuja heroína se chamava Anahí. O livro era bom mas não lembro autor ou título. Deve ter sido uma publicação regionalizada com poucas cópias.
ResponderExcluirÉ muito fofo!
ResponderExcluirNome da minha filha❤ Anahí Giovanna eu a Amo
ResponderExcluirLindo o nome vai ser o nome da minha filha se vier menina❤❤❤❤
ResponderExcluirMeu nome Anahi Raynard Kanela sou indígena
ResponderExcluirAnahi esse é o nome da minha neta🥰
ResponderExcluireae gente do cav blz
ResponderExcluirslv meno
Excluirlenda bonita
ResponderExcluiracabei odiando pq meu professor de historia me obrigou a fazer essa merda em quarentena
adventista ne
Excluirkkkkkk tu estuda onde ?
ResponderExcluirSuper amei
ResponderExcluirMeu nome é Anahy Débora e tatuei as flores de Anahi, são lindas e eu tenho a mesma determinação que a índia Anahi. Tudo na vida tem um porquê. Agora como artista assino: ANAHY DEBORA ARTEira
ResponderExcluirAnahí é o nome da minha filha amada ❤😊
ResponderExcluirÉ lindoooo!
ResponderExcluirAnahí nome da minha princesa
ResponderExcluirAmei!!! Anahí será o nome da minha filha. Parabéns pela pesquisa, ficou incrível. ☺️❤️
ResponderExcluirEu me chamo Anahi
ResponderExcluirMinha princesa também se chama Ànáhí.
ResponderExcluirEla tem 28 anos.
Homenagem a índia Ànáhí.