Aracema
é
um nome indígena de origem tupi-guarani que significa “bando de papagaios”. De acordo com as fontes, esse é um nome
predominantemente feminino.
É um nome que, embora
não tenha ligação um com o outro, lembra Iracema,
nome criado para a virgem dos lábios de mel, no romance indianista tão bem
contado por José de Alencar no ano de 1865.
Iracema,
que é considerada a criação mais poética do autor, em que mais tarde foi
descoberto um anagrama para América, na verdade não passou de uma coincidência,
já que, segundo linguistas, nos cadernos de anotações, José de Alencar vacilava
entre Aracema e Iracema.
Nestes mesmos
cadernos, o autor fez uma lista de palavras indígenas, entre elas “Ira” (mel) e “Tembê” (lábio), usados possivelmente para criar “Iracema”, em contraste com o nome
histórico do ciumento e feroz chefe dos tabajaras, Irapuã, “Mel redondo” ***.
Observando isso,
pode-se dizer que além de inspirar-se nas palavras tupis, Alencar também se
inspirou no nome Aracema. O primeiro
nome que ele teria escolhido para sua personagem seria então, Aracema, que não daria um anagrama de
América.
Como a maioria dos
nomes indígenas, as pesquisas retornam muito mais nomeações de localidades,
cidades, pousadas, hotéis, etc. do que pessoas propriamente ditas. Aracema também é usado como sobrenome
no Brasil, pelos resultados que a pesquisa retornou.
No Facebook, a maioria
dos resultados que a pesquisa encontra é de sobrenomes, mas também há algumas
mulheres que tem Aracema como nome próprio.
Atualmente, é lógico, não encontrei nenhum registro nas listas disponíveis no
Brasil.
Resgatar nomes indígenas é uma aposta interessante para nomear bebês hoje em dia, pois demonstra a valorização da nossa cultura. Assim, acredito que Aracema pode ser uma boa opção para quem deseja fazer esse resgate.
*** Diário
do Nordeste.
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Prefiro Iracema
ResponderExcluirEu gostei mais de Aracema, por que Iracema começa com IRA e nada começado com IRA parece ser bom.
ResponderExcluirMeu nome indígena predileto é Moema
Os nomes indígenas em si, são em sua maioria bons. Têm um significado, um sentido. Não são estropiações por delírios dos pais, por exemplo. Mas tem que combinar com o sobrenome, né?
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