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Estava assistindo as Olimpíadas do Rio de Janeiro (2016) quando vi um atleta competidor em Arco e Flecha, do Cazaquistão, chamado Sultan Duzelbayev. A reação imediata foi pesquisar e escrever sobre o nome.
Sultan é um nome masculino árabe, que muito obviamente, significa “sultão”, o título dado ao governante ou ao rei, em determinados países, como Brunei, Malásia e Omã, além de
uma região especial de Yogyakarta (na Indonésia). A forma feminina do nome,
existe e é Sultana, que é o termo
usado para designar a esposa do Sultão, o equivalente à rainha.
“Sultão” é um título islâmico com
diversos significados históricos. Veio a ser usado como título de certos
governantes muçulmanos que na prática reivindicavam quase total soberania (isto
é, não dependiam de nenhum outro governante superior) mas que não chegavam a
considerar-se califas; a posição também era usado para referir-se a um
governador provincial poderoso dentro do califado, coisa que mais lembra o
reino de um rei dos reis, e não um imperador.
O único país onde o nome tem
repercussão é na Turquia. O nome Sultan
começou a aparecer no ranking em 1980, na 21ª posição, mas acabou saindo de
cena em 2009, na 95ª posição. Nos últimos rankings ele já não consta. No
Brasil, ele não consta em lugar algum.
Sultan é um grande nome para se ter, mas soa um pouco pretensioso,
para pessoas comuns serem chamadas pelo título de um sultão. É um nome legal,
especialmente pela sua conotação histórica, mas na prática, seria como nomear
um bebê como Príncipe, Rei ou Duque – o que geralmente fazemos com animais de
estimação.
Acaba que um nome como Sultan, respeitável, bonito e com uma
força árabe reconhecida, se torna caricato por conta da associação com o título.
Como referências, além do representante olímpico já citado, temos Sultan Ibragimov, medalha de prata no
Boxe, nas olimpíadas de 2000.
O atleta olímpico Sultan Duzelbayev. |
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