sábado, 29 de julho de 2017

Cosette




Ele foi criado por Victor Hugo para seu romance Os miseráveis, baseado no frances “chosette”, que literalmente quer dizer “coisinha”, “pequena coisa”, da palavra “chose”, ou seja, “coisa”. Além de ser um nome que não fica muito agradável em termos de sonoridade na língua portuguesa, o significado é pouco promissor. No romance, o verdadeiro nome da personagem é Euphrasie. Em italiano temos a variante Cosetta enquanto em polonês, a variante é Kozeta.

Cosette é o nome da famosa personagem de Les Miserables. Cosette é apresentada como uma pobre criança amplamente maltratada pelo casal que a acolhe a pedido de Fantine, sua mãe. De uma frágil e assustada menina, Cosette passa, sob a guarda de Jean Valjean, a uma formosa e apaixonante mulher na vida de quem o destino promete escrever uma comovente história de amor. No filme de 2012, ela foi interpretada por Amanda Seyfried.

Cosete é o nome de 40 pessoas no Brasil, segundo o IBGE (Nomes no Brasil, censo 2010), sendo que não há dados sobre Cosette, o que provavelmente significa que tem menos de 20 registros. Há também 27 pessoas chamadas Cozete.


Embora não tenhamos dados especificamente sobre a França, na Itália, sua variante Cosetta é o nome de 5.602 pessoas, o 712º nome mais usado por lá, segundo o Mapa dei Nomi, do site Nomix.it;

Obviamente, existe o benefício literário e artístico do nome, que vem junto com a obra de Victor Hugo, mas mesmo assim, eu imagino que há nomes literários que se encaixam melhor em língua portuguesa.


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Anatolia

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Anatolia é um nome romano antigo, que se caracteriza como a forma feminina de Anatolius, que vem do grego Ανατολιος (anatolios), derivado de ανατολη (anatole) que significa "nascer do sol", ou “erguer do sol” ou por interpretação, o “leste”, popularizado a partir de São Anatolius, um filosofo do século 3, de Alexandria. Este foi o nome de uma santa e mártir italiana do século 3, e embora raramente, esse nome é usado em sua honra.

Por analogia ao significado, é semelhante aos nomes Alba, Aurora, Dawn, Hajna, Aušra, Rossana, Zora e Zaria. O significado “nascer do sol” é realmente muito poético e bonito.

No Brasil, é um nome praticamente desconhecido e muito raro. No Brasil, há 89 pessoas chamadas Anatólia, segundo o IBGE (Nomes no Brasil, Censo 2010). O estado de destaque é o Paraná, e dado o baixo número de registros do nome, não há dados sobre a década em que foram registrados.

Anatólia, ou península anatoliana, também conhecida como Ásia Menor, denota geograficamente a protrusão ocidental da Ásia, que compõe a maior parte da Turquia.   A mais antiga referência conhecida a Anatólia – como "Terra do Hitita" – foi encontrada em tabletes cuneiformes da Mesopotâmia a partir do período do Império Acádio (2 350-2 150 a.C.).

Há uma santa chamada assim: Santa Anatolia, Virgem e Mártir, no tempo de Décio, foi condenada à morte na cidade de Thyrum ou Thurium ou Thora. Sobre a identidade do lugar, há muita discussão entre os críticos. Ela estava morando isolada com a irmã quando a perseguição surgiu violentamente, e foi pedida em casamento por um jovem chamado Aurelius.

Que ela realmente se casou duvidam os Bolandistas. Sob o ponto de rendimento devido a solicitações de sua irmã Victoria, ela foi reforçada pela visão de um anjo.  Banida de Thora, ela foi denunciada como cristã. O carrasco Audax trancou-a em um quarto com uma serpente venenosa, mas vendo que nenhum dano foi feito a ela, também professou a fé e morreu como um mártir. Anatólia foi condenada à morte pela espada. Sua festa é mantida no dia 09 de julho.

A Santa Anatolia em questão é pouco venerada no Brasil, mas é uma das poucas referências do nome.

Mesmo na Itália, onde o nome Anatolia é aparentemente mais usado, há apenas cerca de 819 pessoas chamadas assim, segundo o Mapa dei Nome, do site Nomix.it. 

Fonte:

Santa AnatoliaSanctorum.
AnatoliaBehind The Name.
AnatoliaWikipédia





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sexta-feira, 28 de julho de 2017

Corona

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Corona é um nome feminino que significa “coroa” em latim. Este foi o nome de uma santa e mártir cristã do século II. É também a tradução para coroa em italiano, literalmente.

Vítor e Corona são dois mártires cristãos. A maior parte das fontes afirma que eles foram mortos na Síria na época do imperador romano Marco Aurélio. Porém, os vários textos hagiográficos discordam sobre o local do martírio, com alguns afirmando que foi em Damasco, enquanto que as fontes coptas afirmam que foi em Antioquia. 

A lenda afirma que Vítor foi um soldado romano de ascendência italiana e que servia na cidade de Damasco, na Síria, na época de Antonino Pio. Ele foi torturado - inclusive tendo os olhos arrancados - por um comandante chamado Sebastião.
Enquanto ele sofria as torturas, a esposa de dezesseis anos de um de seus companheiros chamada "Corona" (também "Stefania" ou "Stephana", uma tradução para o grego do seu nome latino, que significa "coroa") o confortava e encorajava. Por isso, ela foi presa e interrogada. De acordo com a passio de Corona, que é considerada completamente fictícia, ela foi atada à duas palmeiras curvadas e despedaçada quando os troncos foram soltos. Vítor terminou decapitado. Outra versão afirma que Vítor e Corona eram marido e mulher.
Fora da cidade de Feltre, na encosta do Monte Misnea, está a igreja de SS. Vittore e Corona, erguida pelos cruzados de Feltre ao retornarem da Primeira Cruzada. Santa Corona é particularmente venerada na Áustria e na Baviera oriental. Otão III, por volta do ano 1000, trouxe as relíquias de Santa Corona para Aachen.

Corona também é o nome dado à Coroa solar (também chamada de coroa brancacoroa de Fraunhoffer) é o envoltório luminoso do Sol que costumamos ver durante os eclipses solares.

Apesar de dois significados lindos, “coroa” e a associação com a coroa solar, e a denominação da santa, o nome Corona é raríssimo em pessoas.

No Brasil, por incrível que pareça, há 43 pessoas chamadas Corona, segundo o IBGE (Nomes no Brasil, Censo 2010), sendo que o destaque está no Rio Grande do Sul, onde nasceram 20 delas.

Referências:

Corona é uma banda italiana de eurodance que encontrou o sucesso em 1993 com o hit mundial "The Rhythm of the Night". 

Corona Extra é a marca de cerveja mais popular do México, fundada em 1925 e foi a segunda cerveja a ser produzida pelo Grupo Modelo.

Corona é uma cidade localizada no estado norte-americano da Califórnia, no Condado de Riverside.

Corona é uma cidade localizada no estado norte-americano de Dacota do Sul, no Condado de Roberts

Corona é uma vila localizada no estado americano de Novo México, no Condado de Lincoln.






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Janarí

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Segundo a maioria dos sites brasileiros consultados, Janarí é um nome tupi-guarani usado para designar um tipo de árvore da Amazônia. Na maioria dos sites, encontramos como nome feminino, porém, os registros do IBGE apontam para uma maioria de homens chamados Janarí. Assim concluímos que ele pode ser um nome unissex.

A pronúncia desse nome é com acento agudo no último “í”, ou seja, uma oxítona, mas se pensarmos em Janari com a silaba tônica no “na”, é o nome do mês de janeiro em albanês. Não temos como saber se as pessoas chamadas assim no Brasil tem a pronúncia indígena ou a albanesa, por que o IBGE não discrimina acentuação.

Janarí é o nome de 350 pessoas no Brasil, segundo o IBGE (Nomes no Brasil, Censo 2010). O estado onde ocorre a maior taxa por 100.000 pessoas é o Amapá.  A maioria nasceu nos anos 80. Destes, 304 são homens, e o restante são mulheres.

A grafia Janary tem 117 pessoas, sendo que 103 são homens, mas o maior número de nascimentos foi no Pará, e na década de 50.

Uma referência encontrada é Janary Gentil Nunes (Alenquer, Pará, 1 de junho de 1912 — Rio de Janeiro, 15 de outubro de 1984) foi um militar e político brasileiro, indicado como primeiro governador do Amapá pelo presidente Getulio Vargas.


Janari Jõesaar (nascido em 8 de Dezembro de 1993) é um jogador de basquete profissional da Estônia que joga atualmente para os Tarvas Rakvere da Estônia.




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quinta-feira, 27 de julho de 2017

Lani

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Lani é um nome havaiano, que pode significar “real”, ou “majestade” ou, o significado mais difundido, “céu”. Há uma boa quantidade de nomes que usam o elemento –lani, em havaiano, como Leilani ou Kailani.

Além de ser a palavra havaiana para “céu”, Lani também é usado como nome próprio no oeste da Papua. A palavra é derivada do proto-polinésio “rani”. Lani é um nome relativamente comum na língua havaiana. A última rainha do Havaí, Liliuokalani tinha o termo “lani” incluído no seu nome.

Lani é o nome de 573 pessoas no Brasil, segundo o IBGE (Nomes no Brasil, Censo 2010). A maior ocorrência é no Rio Grande do Sul, e a década de nascimento da maioria foi 1960. Do total de pessoas chamadas Lani, 92 nasceram gaúchas. Deste total, 32 pessoas são homens, o que poderia apontar para uma possibilidade de nome unissex.

A grafia Lany tem 205 pessoas, embora eu tenha motivos para acreditar que nesse caso, é pronunciado “Laní” e não “Lãni”, como o nome havaiano. É bem possível que a maioria dos registros tenha essa pronúncia, visto que nos anos 60 havia uma modinha de nomes terminados em “í”.

Não temos dados acerca do Havaí, mas sabemos que nos Estados Unidos ele entrou poucas vezes dentro do top 1000. Em 1979 foi quando apareceu pela última vez na posição #995. Em 2015, a Social Security divulgou uma lista total de nomes registrados nos EUA sendo que Lani aparece com apenas 66 registros.

Nas listas recentes da Arpen/SP, não há o registro de Lani especificamente, mas há vários outros nomes havaianos incluindo esse elemento como Kailani, Leilani, etc. 





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Cordélia



Cordélia é o nome de 886 pessoas no Brasil, segundo o IBGE (Nomes no Brasil, Censo 2010), sendo que o destaque fica por conta do estado de Sergipe, e a maioria dos nascimentos se deu na década de 1940 e 1950. Cordalia, nessa grafia que eu não tenho certeza se é inventada ou erro de digitação, é o nome de 27 pessoas.

Cordelia vem de Cordeilla, possivelmente um nome celta de significado incerto. De acordo com Geoffrey de Monmouth, Cordeilla é a mais jovem das lendárias três filhas do Rei Lear e a mais leal ao seu pai, além de sua favorita. Na adaptação para a peça “King Lear” (Rei Lear) (1606), Shakespeare alterou a grafia para Cordelia, o que pode ter sido uma tentativa de se parecer com Cornelia.

Ele pode estar relacionado também com a palavra “cordial”, que vem do latim e quer dizer “de coração”, ou “do coração”, que é aplicada em português para referir-se à uma pessoa cordial, uma pessoa afável, amigável, um gesto amigável, solidário, simpático.

E também tem sido associado com o nome galês Creiddylad, supostamente significa "jóia do mar", mas pode derivar do Francês coeur de lion, ou seja, "coração de leão". Creiddylad (também conhecido como Creirddylad, Creurdilad, Creudylad ou Kreiddylat), filha do rei Lludd, é um personagem menor no conto medieval galês/arturiano conto “Culhwch ac Olwen”.

Nos Estados Unidos, no ano de 2015, Cordelia esteve na 948ª posição. Ele voltou a aparecer no ano de 2014, depois de muitos anos – desde 1951 para ser exata – fora do ranking. Ele era bem mais popular no final do século XIX: em 1880, estava no 204º lugar, possivelmente por conta da fama das peças shakespearianas.

No site Medieval Scotland, encontrei esse texto (em inglês) sobre Cordelia (tradução livre):

Cordelia era o nome de uma das filhas do Rei Lear na peça de Shakespeare de mesmo nome, que foi realizada pela primeira vez em 1608. Não encontra-se nenhuma evidencia que qualquer forma desse nome tenha sido usada antes do final do século 16, e todos os exemplos são ingleses. O nome de uma santa, razoavelmente semelhante, mas provavelmente não relacionado é Cordula, que foi utilizado na Alemanha no século 16, mas não há relatos etimológicos que comprovem seu uso em outros locais.

Há opiniões divergentes sobre de onde Shakespeare teria retirado o nome. Uma hipótese diz que Shakespeare retirou-o do trabalho de Holinshed, publicado em 1577, onde Cordelia aparece como um erro de escrita para o nome de uma personagem lendária britânica/galesa, Cordeilla. Holinshed por sua vez, aparentemente encontrou Cordeilla nas obras de Geoffrey de Monmouth, compostas por volta de 1130. Essa é a mais antiga obra onde encontra-se o nome dentro da literatura galesa;

Em genealogias do século 14, de figuras lendárias galesas, o nome é mencionado duas vezes: em uma tabela dos reis, o nome é listado após Llyr (Leir ou Lear), soletrando uma vez como Cordiella e outra como Cordoylla.

Outra hipótese apresenta que Cordelia deriva de Cordula, um nome de uma santa do século 4, que era uma companheira de Santa Ursula. Cordula é encontrado na Alemanha como Kordula ou Kordel, e não era impopular no século 16 e 17. Pode ser um diminutivo para a palavra latina “coros” ou “cordis”, que significa “coração”. No entanto, alguns especialistas discordam desse ponto, acreditando que Cordula e Cordelia não estão nenhum pouco relacionados.

Uma terceira hipótese argumenta que Cordelia deriva do Creddylad, uma personagem lendária galsa, filha do deus LLud Llaw Ereint, no livro Mabigoni Red. No conto de Culhwch e Olwen, Creddylad é mencionado duas vezes. O primeiro exemplo é em uma lista de nomes dados pelos Culhwch quando ele chega na corte de Arthur, onde uma delas é “pequena filha de Ludd Silver-Hand”. A segunda referência ao nome está na história de Creddylad. Creddylad parece ser uma ortografia moderna do nome; no século 14, vemos escrito Creidylat. Há um certo ceticismo em torno de qualquer relação entre Creiddylad e Cordélia.

Afora esses usos literários e lendários, encontramos apenas três exemplos de pessoas reais usando uma forma do nome Cordelia antes dos tempos modernos. Cordell Dethick se casou em 1606, e portanto, quase certamente nasceu antes de 1600, sendo que essa pode ser uma forma de Cordelia; Outra foi Cordelia Harvey, que consta num obituário inglês de 1636, então, uma mulher que morreu em 1636 pode ou não ter nascido antes de 1600, dependendo da idade com que faleceu; Tambem é possível que essa senhora tenha sido nomeada após a peça de Shakespeare mas morreu muito jovem. Nosso terceiro exemplo, é uma senhora chamada Cordelia Parker, que morreu em 1689.

Em resumo, não há nenhuma evidencia concreta e direta de que o nome Cordelia, nessa grafia, tenha sido usado por pessoas reais antes da peça de Shakespeare, mas há indícios que a variante anterior, Cordell, era um nome usado, embora raro, na Inglaterra antes do final do século 16.

Bibliografia:

Withycombe, EG, The Oxford Dictionary of English cristãos Nomes, 3ª ed. (Oxford: Oxford University Press, 1988), sn Cordelia.

Bahlow, Hans, Deutsches Namenlexikon: Familien- und nach Vornamen Ursprung und Sinn erklaert (Frankfurt am Main: Suhrkamp Verlag Taschenbuch, 1985, 1990), sn Cordula.

Hutson, Arthur E., britânicos nomes pessoais no Historia Regum Britanniae. (Berkeley: University of California Press, 1940), pp 25-6.
Hutson atributos da equação de Cordelia com Creiddylad para J. Rhys em sua Hibbert Lectures de 1886.

Jones, Gwyn e Thomas Jones, trad., The Mabinogion (Biblioteca de Everyman, 1974).

Bartrum, PC, no início de Gales genealógicos Tracts (Cardiff: University of Wales Press, 1966), pp 50, 109..

Bromwich, Rachel & D. Simon Evans, Culhwch ac Olwen (Cardiff: University of Wales Press, 1988).

Crônicas de Holinshed (1577). (WWW: University of Pennsylvania Library) http://www.library.upenn.edu/etext/furness/holinshed/020.html , acessado 28 de dezembro de 1999.

Bell, George, Sandra Bell, & Bill Rounce, "Os casamentos dos registos Greatham (1564-1837)" (WWW: Genuki.org, 1996) http://genuki.cs.ncl.ac.uk/Transcriptions /DUR/GRE.html , acessado 21 de janeiro de 2007.


Referências:

Cordelia Chase é um personagem das séries Buffy a Caça Vampiros e Angel, interpretada por Charisma Carpenter.
Cordélia é o satélite natural mais interno de Urano. Foi descoberto a partir de imagens tiradas pela sonda Voyager 2 em 20 de janeiro de 1986.
Cordelia da Grã-Bretanha, lendária rainha dos britânicos , a filha mais nova do rei Leir;
Cordelia Bugeja , atriz britânica;
Cordelia de Castellane , designer francesa;
Cordelia Belas , psicóloga, acadêmica e escritora britânica;
Cordelia Agnes Greene , médica do século 19, filantropa e sufragista;
Cordelia Harvey , Primeira Dama de Wisconsin, casada com Governador Louis Harvey , conhecida por fundar, durante aguerra civil, casas para órfãos e defender boas condições para hospitais de campanha;
Cordelia Hawkins , epônimo da cidade norte-americana de Cordele , Georgia;
Cordelia Scaife Maio , filantropa;
Cordelia Strube , dramaturga e romancista canadense;
Cordelia Wilson , pintora do Novo México e de paisagens sudoeste americano.







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Nomes da Mitologia Grega - Letra B à D

representação de Dionísio



A mitologia grega continua encantando o mundo todo, servindo como inspiração para livros, filmes, séries e arte em geral. Sendo assim, podemos também pensar na mitologia para inspirar o nome dos filhos e filhas que estão por vir.

Na verdade, os nomes gregos estão entre os mais usados, em diferentes versões, em todo o mundo ocidental. Confira nesse post nomes relacionados à mitologia grega das letras B a D.

No post anterior, você já conferiu os nomes da mitologia grega com a letra A.


Confira:


Bacchus ou Baco – nome masculino derivado do grego Βακχος (Bakchos), derivado de ιαχο (iacho) que significa "gritar". Este era outro nome do deus grego Dionísio, e era também o nome que os romanos usaram geralmente para ele.

Briseis – nome feminino que é um patronímico grego derivado de Βρισευς (Briseus), um nome grego de significado desconhecido. Na mitologia grega Briseis (nome verdadeiro Hippodameia) era a filha de Briseus. Ela foi capturada durante a Guerra de Tróia por Aquiles. Depois que Agamenon a tirou dele, Aquiles se recusou a lutar na guerra.

Brontes – nome masculino que significa “trovador” em grego. Na mitologia grega, de acordo com Hesíodo, este era o nome de um dos três Ciclopes, que eram filhos de Urano e Gaia.

Cadmus ou Cadmo – nome masculino, que é a forma latinizada do grego Καδμος (Kadmos), de significado incerto. Na mitologia grega Cadmus era filho do rei fenício Agenor. Ele foi enviado por seu pai para resgatar sua irmã Europa, que havia sido sequestrada por Zeus, embora não tenha conseguido recuperá-la. Segundo a lenda, Cadmus fundou a cidade de Tebas e introduziu o alfabeto para a Grécia.


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Calíope – forma latinizada de Kalliope. Significa "bela voz" do grego καλλος (kallos) "beleza" e οψ (ops) "voz". Na mitologia grega era uma deusa da poesia épica e da eloquência, uma das nove Musas.

Calisto – forma latinizada de Kallisto. Derivado do grego καλλιστος (kallistos) que significa "mais bonito", um derivado de καλος (kalos) "belo". Na mitologia grega Kallisto era uma ninfa que era amada por Zeus. Ela foi transformada em ursa por Hera, e posteriormente tornou-se a constelação do Grande Urso.

Calypso – é um nome feminino derivado do grego Καλυψω (Kalypso) que provavelmente significava "aquela que oculta", derivado de καλυπτω (kalypto) "cobrir, esconder". No mito grego, este era o nome da ninfa que se apaixonou por Odisseu, depois naufragou em sua ilha de Ogygia. Quando ele se recusou a ficar com ela, ela o deteve por sete anos até que Zeus ordenou que ela o soltasse.

Carme – nome feminino que é a forma latinizada do grego Καρμη (Karme), que derivou de κειρω (keiro) "cisalhar". Este era o nome de uma deusa cretense da colheita.


representação de Cassandra.


Cassandra – nome feminino derivado do grego Κασσανδρα (Kassandra), derivado de possivelmente κεκασμαι (kekasmai) "sobressair, brilhar" e ανηρ (aner) "homem" (genitive ανδρος). Na mitologia grega, Cassandra era uma princesa troiana, filha de Príamo e Hécuba. Ela recebeu o dom da profecia de Apolo, mas desprezou seus avanços, e ele a amaldiçoou para que ela fosse capaz de prever o futuro, mas ninguém acreditasse  em suas profecias.

Cassiopeia – nome feminino que se trata da forma latinizada do grego Κασσιοπεια (Kassiopeia) ou Κασσιεπεια (Kassiepeia), possivelmente significando "suco de cássia". No mito grego Cassiopeia era a esposa de Cepheus e a mãe de Andrômeda. Ela foi transformada em uma constelação e colocada no céu do norte depois que ela morreu.

Castor – nome masculino derivado do grego Καστωρ (Kastor), possivelmente relacionado com κεκασμαι (kekasmai) que significa "sobressair, brilhar". No mito grego, Castor era filho de Zeus e irmão gêmeo de Pollux. A constelação Gêmeos, que representa os dois irmãos, contém uma estrela com esse nome.

Cephalus ou Céfalo – nome masculino derivado do grego Κεφαλος (Kephalos), que foi derivado do κεφαλη (kephale) que significa a "cabeça". Sua participação na mitologia grega é ter sido fiel à sua esposa Procris, mesmo quando perseguido pela deusa Eos.

Cepheus – forma latinizada do grego Κηφευς (Kepheus), que é de significado desconhecido. Na lenda grega ele era um rei da Etiópia, o marido de Cassiopeia.

Cerberus ou Cérbero – forma latinizada do nome masculino grego Κερβερος (Kerberos), que possivelmente significava "manchado". No mito grego, este era o nome do cão de três cabeças que guardava a entrada do Hades.

Charon - Possivelmente significa "brilho feroz" em grego. Na mitologia grega Charon era o operador da balsa que trouxe os recém-mortos sobre o rio Acheron em Hades.

Chloe – esse é um nome feminino que significa “broto verde” em grego. Este foi um epiteto da deusa grega Deméter.
Chloris ou Clóris – nome feminino derivado do grego χλωρος (chloros) que significa "verde". Chloris, na mitologia grega, era uma deusa menor da vegetação.

Chryseis – nome feminino derivado de Chryses. Na lenda grega, ela era filha de Chryses, um sacerdote de Apolo. Depois que ela foi levada prisioneira pelos gregos que sitiavam Tróia, Apolo enviou uma praga a seu acampamento, forçando-os a libertá-la.

Chryses – nome masculino derivado do grego χρυσεος (chryseos) que significa "dourado". Na mitologia grega Chryses era o pai de Chryseis, uma mulher capturada por Agamemnon durante a guerra de Tróia.

Circe – forma latinizada do grego Κιρκη (Kirke), que possivelmente significava "pássaro". Na mitologia grega Circe era uma bruxa que transformou a tripulação de Odisseu em porcos, mas acabou sendo forçada a transforma-los em homens novamente.

Clio – forma latinizada de Kleio, nome feminino derivado do grego κλεος (kleos) que significa "glória". Na mitologia grega, ela era a deusa da história e da poesia heroica, uma das nove Musas. Dizem que ela introduziu o alfabeto na Grécia.

Clotho – nome feminino grego que significa “girador” em grego. Na mitologia grega Klotho era um das três moiras. Ela era responsável por girar o fio da vida.

Clytemnestra – forma latinizada do nome feminino grego Κλυταιμνηστρα (Klytaimnestra), da combinação dos elementos gregos κλυτος (klytos) "famoso, nobre" e μνηστηρ (mnester) "cortesão, pretendente". Na lenda grega Clytemnestra foi a esposa de Agamemnon e a mãe de Orestes e Electra. Quando seu marido estava ausente durante a guerra de Troia ela tomou um amante, e em seu retorno ela mandou assassina-lo. Ela foi posteriormente morta por Orestes.

Clytia – nome feminino, a forma latinizada de Klytië. Este por sua vez, é derivado do grego κλυτος (klytos) que significa "famoso, nobre". No mito grego Klytië era uma ninfa do oceano que amava o deus do sol Helios. Seu amor não foi correspondido, e ela ficava olhando fixamente para ele até ser transformada em um “heliotrópio”, um tipo de flor cuja cabeça se move para seguir o sol.

Coeus – forma latinizada de Koios. Possivelmente derivado de grego κοιος (koios), também soletrado ποιος (poios), uma palavra interrogativa que significa aproximadamente "de que tipo?". Este era o nome de um deus Titã da inteligência na mitologia grega.

Cora – forma latinizada de Kore. Significa "donzela" em grego. Este era outro nome para a deusa grega Perséfone.

Crius – forma latinizada do nome masculino grego Kreios. Possivelmente derivado de grego κρειων (kreion) "senhor, mestre" ou de κριος (krios) "carneiro, ovinos". Este era o nome de um Titã na mitologia grega.


Cronos – nome masculino que é a forma latinizada do grego Κρονος (Kronos), possivelmente derivado da raiz indo-européia *ker - que significa "cortar". Cronos era o Titã que gerou os deuses gregos. Conforme sua esposa Rhea ia dando à luz aos deuses, Cronos os engolia, temendo a profecia de que ele seria derrubado por um dos seus filhos. No entanto, Rhea escondeu Zeus, seu último filho, que derrotou seu pai e forçou-o a vomitar seus irmãos. Cronos e os demais titãs foram derrotados pelos deuses e exilados.

Cynthia – Forma latinizada do grego Κυνθια (Kynthia) que significa "mulher de Kynthos". Este foi um epíteto da deusa da lua grega Ártemis, dado porque Kynthos era a montanha em Delos em que ela e seu irmão gêmeo Apollo nasceram.


Dédalo e Ícaro


Daedalus ou Dédalo – formas latinizadas do nome masculino grego Δαιδαλος (Daidalos) que derivou de δαιδαλλω (daidallo) que significa "trabalhar astutamente". No mito grego Daedalus era um inventor ateniense que foi banido para Creta. Lá ele projetou o Labirinto para o Rei Minos, mas ele e seu filho Ícaro foram eventualmente aprisionados dentro dele porque ele tinha ajudado Teseu em sua busca contra o Minotauro. Daelalus e Ícaro escaparam usando asas feitas de cera, mas Ícaro caiu do céu para sua morte.

Damocles – nome masculino que é a forma latinizada do nome grego Δαμοκλης (Damokles), que derivava de δαμος (damos) "o povo", uma variante grega dórica de δημος (demos), e κλεος (kleos) "glória". Significa portanto “glória do povo”. Na lenda grego Damocles era um membro da corte de Dionysius o ancião, o rei de Siracusa. Damocles expressou inveja da estação do rei, de modo que Dionísio se ofereceu para trocar de papéis com ele por um dia. Para ilustrar a Damocles o perigo de um homem em sua posição, ele suspendeu uma espada sobre o trono.

Damon – nome masculino derivado do grego δαμαζω (damazo) que significa "domar". De acordo com a lenda grega, Damon e Pítias eram amigos que viveram em Siracusa no 4º século antes de Cristo. Quando Pítias foi condenado à morte, Damon trocou de lugar com ele na prisão. Pítias retornou pouco antes de Damon ser executado em seu lugar, e o rei ficou tão impressionado com a lealdade deles que perdoou Pítias.

Danaë – nome feminino grego que deriva de Δαναοι (Danaoi), uma palavra usada por Homero para designar os gregos. Na mitologia grega Danaë era a filha do rei Acrisius. Foi profetizado a seu pai que um dia ele seria morto pelo filho de Danaë, então ele tentou manter sua filha sem filhos. No entanto, Zeus veio a ela na forma de uma chuva de ouro, e ela se tornou a mãe de Perseu. A profecia foi cumprida e Perseu matou Acrisius, embora acidentalmente.

Daphne ou Dafne – significa “Louro” em grego. Na mitologia grega era uma ninfa transformada em um louro por seu pai, a fim de que ela pudesse escapar da perseguição de Apolo.

Dardanos – nome masculino grego, possivelmente derivado de δαρδαπτω (dardapto) que significa "devorar". Na mitologia grega Dardanos era um filho de Zeus e Electra. Ele foi o fundador da cidade de Dardania na Ásia Menor.

Deimos - Significa "terror" em grego. Este era um dos filhos do deus grego Ares. Além disso, uma lua de Marte tem esse nome.

Delia – nome feminino que significa “de Delos” em grego. Esse foi um epiteto da deusa grega Ártemis, dado por que ela e seu irmão Apolo teriam nascido na Ilha de Delos.


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Deméter – nome feminino que provavelmente significa “mãe da Terra” derivado dos termos gregos δα (da) "terra" e μητηρ (metro) "mãe". Na mitologia grega Deméter era a deusa da agricultura, a filha de Cronos, a irmã de Zeus, e a mãe de Perséfone.

Despoina – nome feminino que significa “senhora”, em grego. Na mitologia grega, este era o nome de uma filha de Deméter e Poseidon.

Dike – Significa “justiça” em grego. Na mitologia grega, Dike era a deusa da justiça, uma das Horas.

Diomedes – derivado do grego Διος (Dios) que significa “de Zeus” e μηδομαι (medomai) que significa "pensar, planejar". Pode significar “planejado por Zeus” ou “pensamento de Zeus”. Na mitologia grega Diomedes foi um dos maiores heróis gregos que lutaram contra os troianos. Junto com Odisseu, ele entrou em Tróia e roubou o Palladium. Depois da Guerra de Tróia, ele fundou as cidades de Brindisi e Arpi na Itália.

Dione – nome feminino derivado do grego Διος (Dios) que significa “de Zeus”. Por extensão, significaria “deusa”. Este era o nome de obscura deusa grega que, segundo algumas lendas, seria a mãe de Afrodite.

Dionysos ou Dionísio – nome masculino derivado do grego Διος (Dios) que significa (de Zeus) combinado com Nysa, o nome da região onde o jovem Dionísio nasceu. Na mitologia grega, Dionisio era o deus do vinho, da folia, da fertilidade e da dança. Era filho de Zeus e Semele.


Doris – nome feminino grego Δωρις (Doris) que significava “mulher doriana”, sendo que os dorianos eram uma tribo grega que ocupava o Peloponeso, a partir do século XII a.C. Na mitologia grega, Doris era uma ninfa do mar, uma das muitas crianças vindas de Oceanus e Tethys. 






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quarta-feira, 26 de julho de 2017

Germana

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Germana é um nome feminino derivado do latim, usado em italiano, espanhol e português. Sendo a forma feminina de Germanus, do latim, significa “irmão”. Nesse caso, podemos transliterar o significado para “irmã”. Esse foi o nome de vários primeiros santos da cristandade. Na tradição cristã, é atribuído à associação da irmandade ou fraternidade de Cristo. Também é associado ao povo germânico, da terminação étnica latina “Germani”. A palavra inglesa “german”, que nomeia ainda hoje os alemães, é um indicativo disso.

Como variações masculinas temos Germano (italiano) e Germain (francês). O nome Germana, sendo feminino, não tem variações em outras línguas, exceto a francesa, Germaine.

Germana é o nome de 5.941 pessoas no Brasil, segundo o IBGE (Nomes no Brasil, Censo 2010), sendo que a maior taxa de frequência é no Ceará, e a década de maior número de nascimentos foram os anos 80. Ele não e um nome popular: se considerarmos o período da pesquisa, 1930 a 2010, o nome Germana é o 1.315º na lista dos femininos mais usados. Ou seja, está longe das primeiras posições.

Santa Germana Cousin (Pibrac, território de Toulouse, França 1570 — Pibrac, território de Toulouse, França 15 de Junho de 1601), de seu nome de batismo Germana Maria de Jesus Cousin. Por causa de sua aceitação a Deus e de seu sofrimento é muito venerada em toda a França. A Wikipédia traz sua história:

A sua biografia é constantemente marcada por desgraças, a partir de seu nascimento até sua morte. Não chegou a conhecer sua mãe, que faleceu pouco tempo depois de tê-la trazido ao mundo. Não tinha características físicas muito favoráveis, possuindo uma má-formação em uma das mãos e uma enfermidade crônica originada da subnutrição, a qual prejudicava sua visão e movimentos faciais. O pai não a amava e a madrasta a maltratava demasiadamente.

Devido a seu físico, não se cogitou casamento para ela. O pai sequer permitiu que frequentasse a escola do vilarejo, colocando-a exclusivamente para realizar os serviços domésticos e cuidar dos rebanhos da família. Muitas vezes dormia na estrebaria para amenizar seu sofrimento.

Só lhe era permitido sair de casa para ir à Igreja. Ninguém a acompanhava, pois seu pai a tinha como motivo de vergonha, apesar de não ser muito notada. Muitos habitantes do vilarejo a chamavam de “Germana aleijada” ou “Germana imprópria”. Mas sua fé e capacidade de aprendizagem eram enormes e suportava tudo.

Naquela época, na França, dentro do contexto da ‘’guerra religiosa” entre católicos e calvinistas, uma trágica crise atingia a aristocracia, dividindo-a em duas partes segregadas entre si. Germana, a dedicada “pastora pobre”, como a define Henri Gheon em uma de suas biografias, frequentava assiduamente a igreja paroquial de Pibrac, o seu vilarejo-natal, recebendo lá uma forte e esmerada educação religiosa.

Tornou-se uma amável pregadora da palavra de Deus e uma catequista espontânea dos mais pobres. Tentou converter seu pai e sua madrasta, mas tudo foi em vão. Vivia acompanhada, em suas campanhas de pregação, de crianças e pobres.

Suas atividades religiosas eram muito variadas: um dia ia à Missa, outro dia recitava o Rosário e o Angelus. Faleceu silenciosamente em 15 de Junho de 1601, na estrebaria que tanto frequentava. Depois de 40 anos de sua morte, seu corpo foi exumado e ainda estava incorrupto. A veneração logo foi estabelecida por força de lei canônica e o processo de canonização foi iniciado.

Em 1867, foi declarada santa pelo Papa Pio IX. Uma Basílica foi erigida em sua homenagem na sua cidade de origem, onde ainda repousam suas relíquias. É a padroeira da Diocese de Toulouse e de várias paróquias na França.

Referências:

Germana Tânger, é uma atriz, encenadora, declamadora e divulgadora de poesia portuguesa.
Germana Calderini, dubladora italiana;
Germana Cantarini, boxeadora italiana;
Germana Caroli, cantora italiana;
Germana Cousin, santa francesa;
Germana de Foix, (em francês, Germaine de Foix), uma princesa francesa e  rainha consorte de Aragão;
Germana Dominici, atriz e dubladora italiana;
Germana Francioli, atriz italiana;
Germana Malabarba, ginasta italiana;
Germana Paolieri, atriz italiana;
Germana Pasquero, dubladora italiana;

Germana Schwaiger, esgrimista italiana.





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Constância

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A novela “Haja Coração”, uma espécie de remake da novela “Sassaricando” trouxe Mariana Ximenes no papel de “Tancinha”, apelido da personagem que na verdade se chama Constância. Na edição anterior da novela, a personagem era interpretada pela atriz Claudia Raia. Se por ventura, a personagem não fosse chamada pelo apelido, as pessoas poderiam vir a se interessar novamente pelo nome Constança ou Constância.

Constância é a forma feminina portuguesa do nome Constantia, este por sua vez vem do nome romano derivado de Constans. É desnecessário dizer que o nome tem significado literal: significa constante, firme. O significado “constante”, que para alguns pode denotar “falta de mudança”, “mesmice”, para mim denota confiabilidade, estabilidade e lealdade.

Em português, Constância é um substantivo feminino, qualidade daquela pessoa que não falta a uma tarefa, que cumpre seu dever, que assídua, frequente, que não gera imprevistos, uma pessoa que tem estabilidade. Pode ser um análogo a persistência, insistência, obstinação.

Variante: Constança

Outras linguagens: Constance, Connie (inglês), Constance (francês), Constanze, Konstanze (Alemão), Constantia (latim), Konstancja (Polonês), Constanța (Romeno), Constanza (espanhol).

No Brasil, há 3.677 pessoas chamadas Constância. A maioria delas nasceu no Piauí, e a década de maior número de nascimentos foi 1940. Depois, a frequência de registros caiu consideravelmente. Nos anos 2000, por exemplo, foram apenas 58 meninas nascidas com esse nome.

Embora eu prefira declaradamente a grafia Constança, os brasileiros dentro do período de 1930 a 2010, aparentemente, não tinham a mesma ideia: Constança tem apenas 382 pessoas ao longo desse tempo.

Como referências podemos citar Constância Nery, uma pintora de arte primitiva moderna brasileira e Mãe Tança de Nanã — Gaiaku do Candomblé, de seu nome Constância da Rocha Pires.




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terça-feira, 25 de julho de 2017

Malia




Malia provavelmente é uma forma havaiana de Maria ou então, uma variação de Malie, que significa “calmo” em havaiano. Como uma possível variante de Maria, seu significado é debatido, sendo que o mais aceito é que venha do egípcio MRY, que significa “amado”.
Segundo consta, o alfabeto havaiano não possui a letra “R”, então a probabilidade de Malia não ser um nome havaiano de fato e sim, uma adaptação de Maria usando as letras disponíveis no alfabeto havaiano moderno substituindo a letra R pela letra L.

Acredito que o nome Malia chamou a atenção quando o Barack Obama foi eleito presidente dos Estados Unidos, sendo que esse é o nome de sua filha mais velha, Malia Obama. No Brasil, é um nome bem desconhecido, raro e pouco usual, mas nos Estados Unidos ele tem repercussão: Na lista da Social Security dos Estados Unidos consta 1023 registros de Malia no ano de 2015.

No Brasil, há apenas 211 pessoas com esse nome nos dados do IBGE (Nomes no Brasil, Censo 2010), envolvendo um período de pesquisa de mais de 80 anos, sendo que boa parte nasceu nos anos 90. O estado de destaque é o Paraná. A pesquisa vai até o ano de 2010, ano do último censo, por isso não temos dados sobre os anos posteriores, mas a julgar pelo apenas um registro que Malia teve na lista da Arpen/SP de 2015 – que abrange o estado de São Paulo – o número de pessoas chamadas Malia realmente não melhorou.

Talvez seja por que, na língua portuguesa, Malia parece Maria dito errado por uma criança que ainda não pronuncia bem a letra “R”.

Na verdade, Malia entrou no ranking norte-americano no ano de 1980, nas últimas posições. Depois disso, ficou um tempinho fora dele, até o início da década de 90, quando voltou a aparecer e desde então, tem só subido. Ele saiu praticamente da última posição na década de 90 para ocupar o 313º lugar no ano de 2015. Além dos EUA, a França também tem uma boa saída para o nome Malia: no ano de 2014, esteve no 455º lugar entre os nomes femininos preferidos pelos franceses.

Pode ser uma alternativa ao nome Maria, para quem gosta deste mas se incomoda com a sua imensa popularidade. Maria é um nome previsível e típico, especialmente em compostos. Sendo que Malia pode vir a ser uma variação interessante.
Malia é o título de uma música gravada por Sandy & Junior:

Malia
Sandy e Junior
 
Cosa c'era ne'l fior che m'hai dato?
Forse um filtro, um arcano poteri
Nel' toccarlo, il imo core há tremato,
M'há l'olezzo turbato'I pensieri

Nelle vaghe movenze che ci hai,
Un incanto vien forse con te?
Freme l'aria per dove tu vai,
Spunta un fiore ove passa'l tuo piéi

Io non chiedo qual plaga beata
Fino adesso soggiorno ti fu

Non te chiedo se ninfa, se fata
Se una bionda parvenza sei tu!
Ma che c'à ne'l tuo sguardo fatale?
Cosa ci hai ne'l tuo magico dir

Se mi guardi, un ebrezza m'assale
Se mi parli, mi sento morrir!
Se mi guardi, un ebrezza m'assale
Se mi parli, mi sento morrir


"Malia" é a palavra italiana para a maldição de uma bruxa. Ela deriva da palavra latina "malus", que significa "mal", por isso o título da música. Assim, é muito provável que não encontraríamos uma pessoa chamada Malia na Itália, a menos que seus pais a considerassem uma maldição.

Referências:

Malia Hosaka, uma lutadora profissional americana;
Malia Jones, modelo e surfista americana;
Malia Scotch Marmo, roteirista americana;
Malia Metella, nadadora francesa;
Malia Obama, filha do presidente dos EUA, Barack Obama;

Malia (cantor), uma vocalista do Malauí;




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