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Guadalupe origina-se
de um título espanhol da Virgem Maria, Nossa Senhora de Guadalupe, que é o nome de um local na Espanha onde fica um famoso
convento. Em países hispânicos ele é usado para homens e mulheres.
Possivelmente significa “rio
do lobo” em árabe. No século XVI, Nossa Senhora de Guadalupe supostamente apareceu em uma
visão para um homem mexicano nativo, e ela é considerada agora a Santa
padroeira das Américas. Em países hispânicos, os diminutivos comuns são Lupe e
Lupita, e ainda temos as variações Lupa (asturiano), Godalupe (basco).
Sendo um atributo de Virgem
Maria, pode ser classificado como nome religioso, mas como era primeiro um nome
de um lugar, eu prefiro classificá-lo como um nome geográfico. Embora não
seja usado fora de países espanhóis, não é um nome estranho aos nossos ouvidos.
No ano de 2014, foram sete
registros de Guadalupe em Portugal, já no Brasil, não temos o
mais remoto registro nas últimas listas disponíveis. Ou seja, é um nome não só
raro e original, como exclusivo.
Por conta da imigração de países
hispânicos para os Estados Unidos, Guadalupe não é estranho
por lá. Portanto, ele possui uma internacionalidade razoável. Segundo o Behind
The Name, o nome Guadalupe consta no
ranking norte-americano na 591ª posição para meninas, esteve
também no ranking masculino até 2006. No México, Guadalupe era o 28º nome feminino mais usado no ano de 2013.
Combina também com outros nomes
longos e com sonoridade demarcada, como: Eleonora, Anastácia, Penélope,
Domênica, Guilhermina, e tantos outros com maior número de letras e sílabas bem
pronunciadas.
Acredito que seja uma alternativa
elegante e poderosa para se nomear um bebê hoje em dia. Como referências,
podemos citar:
María Guadalupe García Zavala, religiosa mexicana;
Guadalupe Lancho, atriz espanhola;
Guadalupe Larriva, política equatoriana;
Guadalupe Marín, modelo e atriz mexicana;
Guadalupe Muñoz Sampedro, atriz espanhola;
Guadalupe, atriz argentina;
Guadalupe Pineda, Cantora mexicana;
Guadalupe Luchia, cantora argentina de pop.
Homens de nome Guadalupe:
Guadalupe Villa, político e fazendeiro mexicano;
Guadalupe Sánchez, militar mexicano que participou da Revolução
mexicana;
Guadalupe Victoria, militar e político mexicano;
Guadalupe Castañeda, ex-jogador de futebol mexicano.
O apelido Lupita tem as seguintes
referências:
Lupita González, modelo mexicana;
Lupita Jones, modelo mexicana;
Lupita Nyong'o, atriz e diretora mexicana;
Lupita Tovar, atriz mexicana.
Nossa Senhora de Guadalupe apareceu
pela primeira vez ao índio asteca Juan Diego. Na língua asteca, o nome Guadalupe significa, Perfeitíssima
Virgem que esmaga a deusa de pedra. Os Astecas adoravam a deusa Quetzalcoltl, uma monstruosa
deusa, a quem eram oferecidas vidas humanas em holocausto.
Nossa Senhora
de Guadalupe, porém, veio para
acabar com essa idolatria e mudar a vida daquele povo sofrido. No ano de 1539,
mais de 8 milhões de Astecas tinham
abraçado a fé católica, convertendo-se e acabando com a idolatria pagã. No
México e em todo o mundo, Nossa Senhora de Guadalupe
é muito venerada.
A aparição de Nossa Senhora de Guadalupe
Estava o índio
Juan Diego no campo. Ele sofria por causa da grava enfermidade de seu tio a
quem muito amava. Juan rezava por seu tio quando teve a visão de uma mulher com
seu manto todo reluzente. Ela o chamou por seu nome e disse em nauátle, a
língua asteca: Juan Diego, não deixe o seu coração perturbado. Eu não
estou aqui? Não temas esta enfermidade ou angústia. Eu não sou sua Mãe? Você
não esta sob minha proteção?
A Senhora
pediu, então, que o índio fosse revelar sua mensagem ao Bispo local. A mensagem
de que Ela iria acabar com a serpente de pedra, e que o povo do México iria
parar com os holocaustos e se converter a Jesus Cristo. Além disso, deveria ser construída uma Igreja no
local das aparições.
O Milagre de Nossa Senhora de Guadalupe
O Bispo não
acreditou no índio, mas ordenou que ele pedisse um sinal à Senhora para provar
a veracidade da história. Quando Juan Diego voltou para o campo, Nossa Senhora
de Guadalupe apareceu novamente a
ele. Este lhe contou sobre a desconfiança do Bispo, porque Maria tinha pedido
que fosse construída também uma grande igreja naquele local.
Maria sorrindo,
pediu a Juan Diego que subisse ao monte e enchesse seu poncho com flores. Era
inverno. A neve recobria os campos. Naquela época, não nasciam flores naquela
região do México. Juan Diego sabia disso. Porém, mesmo assim obedeceu. Chegando
ao alto do monte em meio à neve, ele achou uma grande quantidade de flores
cheias de grande beleza. Ele apanhou muitas flores, encheu seu poncho e foi
levá-las ao Bispo.
O Segundo Milagre
Com dificuldade
Juan Diego foi recebido pelo Bispo. Ele tinha seu poncho ou sua Tilma, dobrado
cheio de rosas. Então, ele abriu a tilma e as flores caíram no chão. Quando o
Bispo viu, ainda não acreditou. Então, para espanto de todos os que estavam na
sala, no poncho do índio estava estampada a bela imagem de Nossa Senhora de Guadalupe,
como o índio tinha revelado ao Bispo. Todos na sala acreditaram, inclusive o
bispo. Desse momento em diante, tudo mudou.
O fato causou
grande comoção em todo o povo mexicano. Logo foi construída uma grande Igreja
no local indicado por Nossa Senhora e o poncho de Juan Diego com a imagem de
Nossa Senhora de Guadalupe impressa
foi levado para ser venerado. Guadalupe
se tornou o grande Santuário do México, e a devoção a Nossa Senhora de Guadalupe se estendeu por toda América
Latina. Em 1979, o Papa João Paulo II consagrou Nossa Senhora de Guadalupe, como Padroeira da América Latina.
Estudos sobre o poncho
Estudos
realizados sobre o poncho do índio Juan Diego, revelam que a pintura não foi
feita por materiais existentes na natureza e nem fabricados pelo homem. Nos
olhos de Maria, dentro da Iris e da pupila, vê-se a cena em que o índio abre
sua tilma na sala do bispo, com todas as pessoas presentes na sala conforme foi
descrito em documentos posteriores. Tem uma família de um lado, o índio e o
Bispo do outro. O olho reflete a luz como o olho humano.
Em janeiro de
2001, o engenheiro peruano, José Aste Tonsmman, revelou o resultado da pesquisa
de 20 anos, com a ajuda da NASA. Os olhos da imagem ampliados 2,500 vezes,
mostram umas 13 pessoas, crianças, mulheres, o Bispo e o próprio índio Juan
Diego, no momento da entrega do poncho ao Bispo.
Richard Kuhn,
prêmio Nobel de química, descobriu que a imagem não tem corantes e que após 470
anos continuam com seu brilho. O pano do poncho não dura mais do que 20 anos e
começa a se desfazer, o que não acontece com o poncho do milagre, que já dura
quase 500 anos. Concluíram que o que forma a imagem de Nossa Senhora não é
pintura. A fibra do ayate, cacto, são suportaria as tintas da época. Além
disso, não existe esboço ou marca de pincel.
Milagres de Nossa Senhora de Guadalupe
Grandes
milagres aconteceram ao longo dos quinhentos anos de história da aparição de
Nossa Senhora de Guadalupe. O povo
sofrido do México teve sua esperança renovada com esta visita e permanência de
Nossa Senhora em suas terras.
Imagem de Nossa Senhora de Guadalupe
Nossa Senhora,
em um ato de delicadeza, apareceu como uma índia, morena, vestida como uma
índia grávida. Em sua roupa está retratado o céu com a posição das estrelas do
dia em que ela apareceu. Os astecas sabiam reconhecer estes sinais e isso foi
decisivo para que a conversão daqueles povos acontecesse em massa.
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