Eu venho de uma família miscigenada – italianos,
alemães e brasileiros – mas o legado da parte alemã da família é interessante.
Minha avó chamava-se Hulda, e suas irmãs todas tinham nomes com H, e uma delas
se chama Hilda. Existe também a variante portuguesa Ilda, sem o
H.
Hilda/Ilda derivam da
palavra germânica Hild, que significa “batalha” e está na raiz de vários
outros nomes femininos, como por exemplo, Matilde.
Ele começou sendo usado como diminutivo, mas ganhou status de nome próprio em
toda a Europa e depois, no resto do mundo.
Foi muito apreciado em Portugal no passado – segundo
O Blog dos Nomes, entre 1920 e 1980, Ilda rondou os 300 registros anuais,
depois disso caiu drasticamente. Em 2014, foram apenas duas meninas chamadas
Ilda. Do mesmo modo, não é usado no Brasil. A impressão que se tem é que é um nome
ultrapassado, fora de moda, com forte sentimento de associação e pertencimento
à uma geração mais antiga.
Cheguei a pensar que talvez a minissérie exibida na
Rede Globo, Hilda Furacão, exibida pela Rede Globo entre 27 de maio e 23
de julho de 1998, aumentaria um pouco a aceitação do nome. A minissérie foi
inspirada no romance homônimo de Roberto Drummond, que por sua vez, inspirou-se
na ex-prostituta Hilda Maia Valentim.
Associo o nome Hilda a outros nomes que são melhor
aceitos como Astrid, Ingrid, Helga, etc. Inclusive, na mitologia nórdica, uma
das valquírias chamava-se Hilda. As valquírias eram divindades menores
que tinham a função de erguer a alma dos guerreiros mais heroicos e enviá-los
para Valhalla, onde se tornariam espíritos guerreiros.
Como referência, podemos citar Hilda Hilst, uma
poeta, ficcionista, cronista e dramaturga brasileira. É considerada pela
crítica especializada como uma das maiores escritoras em língua portuguesa do
século XX. Além dessa: Ilda Roquete, atriz portuguesa; Ilda Figueiredo,
economista e política portuguesa; Ilda Reis, artista plástica
portuguesa;
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