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Segundo o Nomes e Mais Nomes,
Maria Guedes, autora do Blog Stylista, escolheu o nome Pia para sua filha, “explicando ainda que sabia bem que era um nome
pouco comum e que despertava desconfiança”. Portugueses tanto aplaudiram a
escolha – por ser inesperada – e outros tentaram alterar para a expectativa de
Bullying por causa do substantivo. Se causou estranheza em Portugal, país
tradicionalíssimo e católico, imagine no Brasil.
A origem do nome está no latim “piu”,
e significa que a pessoa é portadora de “piedade, justiça, benevolência”. Em
outras palavras, Pia significa “piedosa”.
Em Portugal, a associação é
forte com a Rainha D. Maria I, cujo epíteto de Pia a acompanhou por conta de sua devoção à Igreja. Além dessa,
podemos citar Maria Pia de Saboia,
uma princesa italiana e rainha consorte de Portugal, durante o reinado do seu
marido D. Luís I. Ela era conhecida como “Anjo da caridade” e “mãe dos pobres”,
por conta de suas ações filantrópicas. Por essas e outras, Portugal consegue
considerar Pia um nome de rainha.
É um nome marcadamente
religioso. A piedade é uma característica muito valorizada pela Igreja e a
palavra sempre está presente em cânticos e orações. Além disso, existiram os
papas Pio (do I ao X, se não me falha a
memória), que não deixa dúvidas. Se a Igreja permitisse papisas, tenho certeza
que haveria uma dúzia de Pia.
No Brasil, pouco disso se leva
em conta. Se o significado é bonito, se é nome de rainha ou se é marcadamente
religioso. Ele é alvo de comentários maldosos por conta da “Pia de lavar louça” ou do verbo “Piar” (ela pia, ele pia). Acredito
que precisa de muita coragem e discernimento para usar esse nome para um bebê
nascido hoje.
Em Portugal, no ano de 2014, o
nome só foi usado em compostos: Maria Pia
e Constança Pia.
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