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Amo praticamente
todos os nomes terminados com “ora” e ‘Dora’,
e curiosamente, não sou muito adepta ao mais elementar deles: Dora. O significado é magnífico: Dora vem do grego “doron” e quer dizer “presente”.
É por isso que em todos os nomes em que o elemento doro/Dora inclui-se, o significado é presente de alguém ou de alguma
coisa: Theodora e Doroteia (presente de Deus), Isadora (presente de Ísis), Heliodora (presente de Hélio); Eudora (bom presente), etc.
Naturalmente, Dora foi popularizado como diminutivo
desses vários nomes, não ganhando um status completo de nome próprio aceitável.
Eu mesmo tenho uma prima (lindíssima com cabelos vermelhos maravilhosos) que
gosta de ser chamada de Dora, mas
chama-se Doralina.
É um nome simples na
grafia e na pronúncia, e não gera dificuldades de compreensão para ninguém. Tem
uma aura vintage e é um clássico internacional. Uma Dora dificilmente teria seu nome não reconhecido e falado
normalmente na maioria dos países que visitasse fora do Brasil.
Na era
vitoriana, Dora foi muito popular
por conta de Dora Spenlow,
personagem de um romance de Charles Dickens. Em Portugal, Dora ainda é um nome discreto: em 2014, foram apenas 5 registros +
os compostos Dora Luís, Dora Sofia e Dora Gabriela.
No Brasil, o seu uso
também é quase inexistente. Acho-o um nome bonito, com significado maravilhoso,
e os croatas também acham: Dora
esteve, em 2009, como o 14º nome mais utilizado para meninas. Na Hungria, Dora está dentro do top 15 há pelo
menos uma década, em 2010 e 2011 foi o nome mais escolhido e em 2014 figurava
na 13ª posição. Isso nos faz repensar o seu valor de uso nos dias atuais nos
países de língua portuguesa.
Em São Paulo, no ano
de 2014, de acordo com dados da Arpen/SP, foram 29 meninas chamadas Dora registradas.
É curioso que não tenha
se popularizado mesmo após o sucesso da Dora
Aventureira (Dora, a ExploraDora, em Portugal), personagem de
desenho animado que se envolve em uma série de aventuras. Dora Maar foi a musa de Picasso, e ainda podemos citar a pintora britânica
Dora Carrington e a americana Dora Lewis, que lutou pelo direito das
mulheres ao voto.
Dora, pseudônimo de Ida Bauer, paciente tratada por Sigmund Freud;
Dora Alonso (* 1910- † 2001), escritora cubana;
Dora Bakoyannis (* 1954), ministra do governo grego;
Dora Diamant (* 1898 † aprox.1923), atriz polonesa;
Dora Genkin, líder sindical Argentina;
Dora Maar, (1907 - 1997) pintora, fotógrafa e escultora francesa.
Dora Marsden (* 1882- † 1960), escritora inglesa;
Dora Kaplan, ou Fanny Kaplan (* 1883- † 1918), ativista revolucionária, foi autora
da tentativa de assassinato de Vladimir Lenin;
Dora Patricia Mercado Castro, economista e política mexicana;
Referências:
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