quarta-feira, 4 de maio de 2016

Fernão & Fernán

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Fernão e Fernán são nomes que eu dificilmente usaria, sendo bem sincera. Mas o meu gosto pessoal não se pauta ao gosto dos outros, portanto, digo com toda franqueza que são duas versões de um nome usável, digno e sem maiores problemas. Eles não me agradam em grafia e sonoridade, e não chegam nem perto – na minha opinião e assumo a responsabilidade por ela  - do nosso bom e velho Fernando. A minha grafia predileta é Ferdinando, simplesmente por que acho mais imponente e longa.

No caso, Fernão e Fernán provém do nome Ferdinand, que vem do germânico fard (pronto) e nand (jornada), ou seja, “pronto para a jornada”, ou ainda, “viajante corajoso”. Fernão é a versão portuguesa enquanto Fernán é a versão espanhola do mesmo nome. Basta uma “googlada” básica para perceber que ambas as versões estão presentes na história de Portugal e Espanha, com famosos portadores.

Em Portugal, por exemplo, temos Fernão Lopes, que foi um grande cronista de todo o reino, autor de Crônica de El-Rei D. Pedro; Crônica de El-Rei D. Fernando; Crônica de El. Rei D. João I. Assim como na Espanha, podemos exemplificar o personagem histórico Fernán González, primeiro governador autônomo de Castela.

Fernando, hoje em dia, tem muito mais notoriedade do que Fernão ou Fernán, mesmo nos países hispânicos. Porém, Fernão e Fernán são mais raros, tem uma carga antiga, aristocrática e medieval que Fernando não tem. Talvez, com o passar do tempo, eles deixem de ser nomes presos nos livros de História para se tornar nomes de pessoas contemporâneas.


Quanto à registros, enquanto Fernando teve 872 registros em SP (estado) no ano de 2015 (Arpen/SP), não há nenhum registro de Fernão ou Fernán. Quem optasse por essas versões, poderia, literalmente, ser único. 

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