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Fernão e Fernán
são nomes que eu dificilmente usaria, sendo bem sincera. Mas o meu gosto
pessoal não se pauta ao gosto dos outros, portanto, digo com toda franqueza que
são duas versões de um nome usável, digno e sem maiores problemas. Eles não me
agradam em grafia e sonoridade, e não chegam nem perto – na minha opinião e
assumo a responsabilidade por ela - do
nosso bom e velho Fernando. A minha grafia predileta é Ferdinando, simplesmente
por que acho mais imponente e longa.
No caso, Fernão e Fernán provém
do nome Ferdinand, que vem do germânico fard
(pronto) e nand (jornada), ou seja, “pronto para a jornada”, ou ainda, “viajante corajoso”. Fernão é a versão portuguesa enquanto Fernán é a versão espanhola do mesmo nome. Basta uma “googlada”
básica para perceber que ambas as versões estão presentes na história de
Portugal e Espanha, com famosos portadores.
Em Portugal, por exemplo, temos Fernão Lopes, que foi um grande
cronista de todo o reino, autor de Crônica de El-Rei D. Pedro; Crônica de
El-Rei D. Fernando; Crônica de El. Rei D. João I. Assim como na Espanha,
podemos exemplificar o personagem histórico Fernán González, primeiro governador autônomo de Castela.
Fernando, hoje em dia, tem muito mais
notoriedade do que Fernão ou Fernán, mesmo nos países hispânicos. Porém,
Fernão e Fernán são mais raros, tem uma carga antiga, aristocrática e
medieval que Fernando não tem. Talvez, com o passar do tempo, eles deixem de
ser nomes presos nos livros de História para se tornar nomes de pessoas contemporâneas.
Quanto à registros, enquanto Fernando teve 872 registros em SP (estado) no ano de 2015 (Arpen/SP), não há nenhum registro de Fernão ou Fernán. Quem optasse por essas versões, poderia, literalmente, ser único.
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