Jurecê, no Blog Caboclos da Umbanda, aponta-se como um nome indígena
de origem tupi-guarani predominantemente feminino que significa “Aquela que faz o bem”. Já no Dicionário
de Nomes Próprios, achei “Aquele que fala
o bem” e apontado como nome predominantemente masculino.
Entretanto, as pessoas que achei
na Internet, tanto Google como Facebook e outros mecanismos de pesquisa, são
absolutamente todos homens, pelo menos biologicamente falando. Daí, passo a
acreditar que Jurecê seja realmente
masculino, e também soa como tal, mesmo com as iniciais de “Jurema” ele tem a
terminação de “Cauê”. Jurecê também lembra, remotamente, Juarez.
Bem, exceto por uma psicóloga que
encontrei, chamada Jurecê Curupaná,
que aparentemente, atende em Santa Catarina, e que aparentemente, se trata de
uma mulher. O que mostra, como em outros posts indígenas abordados aqui, o
quanto o nome indígena pode ser ambíguo em relação à gêneros conforme a
interpretação de quem o ouve.
Existe, no interior de São Paulo,
um distrito chamado Jurucê, cuja
etimologia descrita é que significa “boca doce”. A ligação entre uma “boca doce”
e uma “boca que fala o bem”, é bem próxima, por isso acredito que ambas as
grafias referem-se a modos diferentes de escrever a mesma palavra.
Na lista da Arpen/SP de 2015 e
2014 não consta nenhum registro de Jurecê.
Esse é um daqueles nomes indígenas que poucas pessoas conhecem e estão
habituadas. O nome mais próximo registrado em São Paulo foi Jurema.
No Brasil inteiro, de acordo com o IBGE (Nomes no Brasil, Censo 2010), Jurecê tem 28 pessoas do sexo feminino chamadas assim, além de 12 do sexo masculino. São 40 pessoas no total, o que o torna extremamente raro.
No Brasil inteiro, de acordo com o IBGE (Nomes no Brasil, Censo 2010), Jurecê tem 28 pessoas do sexo feminino chamadas assim, além de 12 do sexo masculino. São 40 pessoas no total, o que o torna extremamente raro.
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Parabéns, pesquisa prática e direta de fácil compreensão. Análise perfeita e acessivel.
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