domingo, 10 de julho de 2016

Pomona





Pomona é um nome que vem do latim “pomus”, que quer dizer “árvore frutífera”, ou “pomum”, que quer dizer “fruto”. É a mesma raiz etimológica da palavra “pomar”.

Na mitologia romana, Pomona era a deusa dos pomares, sendo confundida ou associada à Deméter, deusa da agricultura grega. Ela é apresentada na figura de uma bela ninfa, cujo atributo é a tesoura de poda. Ela é uma deusa unicamente romana, nunca identificada com qualquer homólogo grego, associada com o florescimento e a frutificação das árvores.

Esse nome foi usado por J.K Rowling para sua personagem Pomona Sprout, dentro da série Harry Potter. Ela é chefe da Lufa-Lufa, e professora de Herbologia em Hogwarts.

Aqui, uma das versões do mito de Pomona:

“As hamadríades eram ninfas dos bosques. Pomona era uma delas e tinha amor aos jardins e ao cultivo das árvores frutíferas. Enquanto suas irmãs iam se banhar nos rios ou passear na florestas, ela permanecia nas regiões cultivadas de maçãs. Sempre com seu podão na mão direita, impedia que as árvores crescessem demais, podava os galhos secos para dar vida à árvore e cuidava para que não faltasse água às plantas.

Cuidar das plantas era sua única paixão e mantinha o pomar fechado para que os habitantes da região não viessem destruir as árvores. Muitos tentavam conquistá-la, como os faunos, os sátiros, o velho Silvano e Pã, mas Verturno a amava mais do que os outros e sempre se disfarçava, ora de ceifador de trigos, ora parecendo pastor, ora se apresentando como pescador, apenas para se aproximar de Pomona e assim ele alimentava seu amor.

Certo dia Verturno apareceu disfarçado vestido como uma velha, com os cabelos grisalhos cobertos por uma touca e um bastão na mão. Entrou no pomar, admirou os frutos e elogiou os cuidados de Pomona. Olhando os ramos carregados de frutos que pendiam, apontou para uma planta que subia em um tronco e exemplificou que se aquela planta não tivesse outra para apoiá-la ela ficaria prostada no chão. E perguntou porque ela não se casava com alguém, já que tinha tantos pretendentes e aconselhou que ela deveria escolher Verturno, tecendo muitos elogios e revelando que ele tinha o poder de transformar em qualquer personagem.

Lembrando-a de que Vênus poderia sentir-se ofendida, ele contou a Pomona a saga de um jovem humilde que se apaixonou por uma linda moça que o desprezava e relatou as declarações de amor que um jovem apaixonado poderia dizer à sua amada antes que morresse de amor e ela se tornasse uma estátua de pedra, já que o frio habitava em seu coração. Pedindo que ela refletisse sobre suas protelações, Verturno livrou-se do disfarce e se mostrou tal como era. Pomona sentiu que seu coração se iluminava e quando ele ia renovar seus apelos, ela o aceitou”.


Nas listas disponíveis no Brasil, não há nenhuma menção à Pomona. Ele é raro, único, diferente, exclusivo, exótico, com significado legal e ótimas ligações mitológicas. Mas é feito sob medida para pessoas com personalidade forte, independente e desencanada.

Para exemplificar nomes parecidos, com essa terminação, o único que me passa pela cabeça é Paloma, e ainda assim, “oma” e “ona” são diferentes. Há Simona, Leona e Ramona mas são igualmente raros, não comparáveis a ponto de obter uma familiaridade. De nome feminino começado com “PO”, lembro-me apenas de Poliana e Potira.




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