segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Indianara

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Indianara é provavelmente, um nome inventado bem sucedido. Ele parece indígena, mas não é, visto que não temos a palavra índio em nenhuma língua realmente nativa brasileira – lembrando que a nomenclatura foi dada quando Colombo pensou ter chegado às Índias. Na verdade, na minha cabeça, o que vem é Indianápolis, a cidade.

Assim, o mais fácil de supor é que foi uma composição de Índia com Nara, ou ainda, uma variação de Indiara, que possivelmente também é inventado. Pode ter sido composto a partir de Inajara, que, segundo o BabyCenter, tem o seguinte significado:

“Inaiá (ou inajá/inajara) é uma palmeira brasileira que atinge até 20 metros de altura. Tem um ótimo palmito, além de uma fruta com polpa suculenta e uma amêndoa comestível. No folclore tupi, Inaiá (ou Inajá/Inajara) era uma linda índia que reinava nas matas, símbolo de graça e inocência, um pouco como Eva no imaginário judaico-cristão”.

Mas, tentar abstrair de Inajara para Indianara é uma tarefa muito exigente para meu cérebro acompanhar.

Mesmo sendo inventado, as pessoas que se chamam Indianara tiveram seu nome escolhido por um motivo especial, seja por que os pais achavam bonito e diferente, ou por que tinham uma conexão especial com esse nome.

Há alguns sites – pouquíssimo confiáveis, aqueles que associam significado com numerologia barata – que apontam que Indianara significaria “deusa das águas claras”. Mas, apesar de ser um significado muito legal, sinto muito: não tem absolutamente nada a ver.

Em São Paulo, tivemos 4 registros de Indianara em 2015, de acordo com dados da Arpen/SP, além de 5 Indyanara e 2 Yndianara.

Agora, quem vai dar cor e dignidade ao nome são as Indianara’s já existentes, de modo que um dia as pessoas vão acabar relacionando o conceito do nome com a imagem de uma pessoa com essas qualidades, a qual conheceram. Não há por que não sentir orgulho do nome, já que não tem nada de vexatório ou de absurdamente anormal.




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