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Caim é um daqueles nomes bíblicos que ninguém quer usar,
fazendo companhia para Judas, por exemplo. Segundo o Behind
The Name, significa "adquirido"
em hebraico. Em Gênesis, no Velho Testamento, Caim é o primeiro filho de
Adão e Eva. Ele matou seu irmão Abel depois que Deus aceitou a oferta de Abel,
em vez da sua.
Na tradução bíblica em grego, temos
a versão Kain enquanto na versão hebraica é Kayin, enquanto temos
ainda Caín, Caïn, Cain, embora esse último signifique também “belo, justo” em galês.
Mas, por algum motivo que
desconheço, há 126 pessoas chamadas Caim no Brasil, é um número bem
pequeno se comparado a nomes ultra populares como José, Luís ou João, mas é
surpreendente se considerarmos que Caim foi estigmatizado como o nome do
irmão “mau” de Abel, o filho de Adão e Eva que teve uma história ruim.
A maior taxa de frequência de
pessoas chamadas Caim está no Rio Grande do Sul, e eles foram
registrados majoritariamente na década de 1990. O que também surpreende, já que
Caim poderia ter sido registrado por pessoas mais antigas.
Quanto à popularidade no mundo, Cain
– nessa grafia – está na 742ª posição nos Estados Unidos em 2015. Já no Reino
Unido, ficou na 451ª posição em 2010, mas já tinha sido mais popular (ficou por
volta do 180º lugar em 2001).
Segundo a Wikipédia, Caim é um
personagem do Antigo Testamento da Bíblia, sendo o filho primogênito de Adão e
Eva. Era um lavrador. Em hebraico, קַיִן, Caim significa "lança", sendo que a sua
transliteração seria "Qayin".
Este nome também é associado a uma outra forma verbal, "Qanah", que pode significar "obter" ou "provocar ciúme". Algumas obras
associam o nome com a expressão "algo
produzido".
Na Bíblia, Caim teria sido
um filho de Adão e Eva que possuído pelos ciúmes que sentia do seu irmão Abel,
mais amado por Deus e por seus pais, acabou armando uma emboscada e o matando.
Depois de ter assassinado Abel, Caim fugiu para a “Terra da Fuga”, à
leste do Paraíso, com sua esposa e seu filho, Enoque. Lá ele se empenhou para
construir uma cidade a qual deu o nome de seu filho. Segundo a Bíblia, a descendência
de Caim teria sido extinta com o dilúvio.
Uma das coisas que mais inspirou a
ficção foi a dita “marca de Caim” que ninguém sabe muito bem qual seria.
Encontrei um texto interessante sobre isso e compartilho aqui:
De
acordo com Gênesis 4:15 Deus pôs em Caim um sinal, para que quem o visse não o
matasse. Que sinal era esse?
Caim foi o primeiro bebê deste mundo. Deve ter sido
muito lindo, forte e sadio. Talvez sua mãe, Eva, tenha até imaginado que ele
pudesse ser o Messias prometido, Aquele que esmagaria a cabeça de Satanás,
simbolizado pela serpente. Mal sabia ela que segurava em seus braços o
primeiro assassino, aquele que, por ciúme, mataria seu irmão, o piedoso e
justo Abel. Chamado a se explicar diante de Deus, declarou cinicamente: “Acaso
sou eu tutor de meu irmão?” (Gn 4:9).
O relato bíblico afirma que Caim estava com
medo de morrer devido a seu crime (Gn 4:14). Isso poderia acontecer pelas mãos
de algum “vingador do sangue”, que poderia ser Adão mesmo ou qualquer um de
seus outros irmãos (veja, em Gn 5:4, que ele teve outros irmãos e i rmãs).
Então, Deus pôs nele um sinal, “para que o não ferisse de morte quem quer que o
encontrasse” (Gn 4:15). A palavra “sinal”, no original, é “ôt, e significa
“sinal”, “marca”, “emblema”, “símbolo”. Essa palavra aparece também em Gênesis
9:12 e 13, com respeito ao arco-íris, sinal divino de que a Terra não mais
seria destruída por outro dilúvio. No entanto, apenas pelo significado dessa
palavra hebraica não se pode saber qual teria sido o sinal posto em Caim.
“Alguns comentaristas têm interpretado este sinal
como uma marca externa, posta em Caim, ao passo que outros interpretam o
sinal como sendo a promessa divina de que nada poria em risco a vida de Caim.
De toda maneira, não era um sinal de perdão, mas tão-somente de proteção
temporal” (E D. Nichol, Comentário Bíblico Adventista del Séptimo Dia, v. 1, p.
254).
R. N. Champlin (em O Antigo Testamento Interpretado,
v. 1, p. 47) lista diversas tentativas de explicação para esse sinal, algumas
até risíveis:
1. Caim teria se tornado negro e foi o pai
das pessoas de pele escura. Essa é uma hipótese nitidamente racista. Na
verdade, os negros se originaram com um dos filhos de Noé – Cam (que eram por
sua vez descendentes de Sete. Os descendentes de Caim morreram todos no
dilúvio);
2. Ele teria recebido uma espécie de tatuagem;
3. O nome de Deus, Yahweh, teria sido estampado na
testa dele;
4. O nome “Caim, o fratricida”, teria sido
escrito em sua testa;
5. Deus teria tornado Caim invencível – não
podia ser queimado, afogado, nem ferido à espada;
6. Uma luz, como o círculo do Sol, o acompanhava por
onde quer que ele fosse.
Como se pode ver, nenhuma dessas explicações
satisfaz a curiosidade em relação àquele sinal. Contudo, o mais importante não
é o sinal em si, mas a razão pela qual Deus o pôs em Caim: foi para que
ele tivesse tempo de se arrepender. Percebe o grande amor de Deus pelo
primeiro homicida? Pena que Caim não tenha aproveitado sua longa vida
(talvez perto dos mil anos, como muitos dos seus parentes antediluvianos) para
se arrepender, desprezando o oferecimento divino de salvação.
Sobre o casamento de Caim, deve-se dizer que
as informações são bem escassas. Sabemos apenas que ele se retirou “da
presença do Senhor e habitou na terra de Node, ao oriente do Éden” (Gn 4:16) e,
nesse lugar, “coabitou com sua mulher; ela concebeu e deu à luz a Enoque”
(4:17). “Coabitar”, nesse verso, é ter relações sexuais.
Como Caim teria conseguido mulher na terra de
Node, uma vez que, segundo a Bíblia, Adão e Eva formaram o casal que iniciou o
povoamento da Terra? Perceba que o relato bíblico diz apenas que, em Node, Caim
teve relações sexuais com sua mulher. Com certeza, já era casado com uma de
suas irmãs ou sobrinhas, antes de fugir da presença do Senhor (em Gn 5:4 é
dito que Adão teve outros filhos e filhas).
No início da história da Terra, não havia problemas
com casamentos tão próximos, o que não é o caso hoje, devido às tendências
degenerativas no ser humano. Note que Abraão era casado com Sara, sua irmã por
parte de pai (Gn 20:12), e Moisés era filho de um casamento entre tia e
sobrinho (a mãe dele era tia do marido, conforme Êxodo 6:20). Casamentos com
parentes tão próximos foram proibidos por Deus ainda nos dias de Moisés (ver
Levítico 18:9-14).
Algumas lições podem ser tiradas da vida de Caim:
(1) ira mal resolvida pode levar ao ódio, e este ao assassinato, (2) Deus não
nos rejeita quando praticamos um ato mau, mas nos dá oportunidade para que nos
arrependamos, sejamos perdoados e salvos, (3) a piedade e religiosidade dos
pais não são automaticamente transferidas aos filhos. Com certeza, ajudam no
desenvolvimento de um bom caráter, mas o fator decisivo é a tomada de
decisões por parte de cada filho, “pois cada um de nós dará contas de si mesmo
a Deus” (Rm 14:12).
– Por Ozeas C. Moura, doutor em Teologia Bíblica e
editor na Casa Publicadora Brasileira.
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Parabéns pela pesquisa, foi somatório para o aprendizado em minha vida .
ResponderExcluirDeus abençoe.
Amei a matéria, quando imaginava,que Deus não o deixará morrer para poder ter tempo de se arrepender, percebi que o escritor resumiu meu pensamento amei tudo que acabei de ler
ResponderExcluirAmém! Valeu, esse relato esclareceu mais um pouco sobre a esposa de Caim, a chance de perdão
ResponderExcluirMuito bom! Nos deaperta a detalhes que passam despercebidos ao ler a bíblia!
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