sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Inandê & Iandê


.


Inandê é um nome masculino indígena, possivelmente originado na língua tupi-guarani, e segundo o Dicionário de Nomes Próprios, define o cocar, ou adorno de cabeça usado pelos indígenas. Entretanto algumas grafias nos colocam que a palavra correta é Iandê.

Entretanto, todas as informações são confusas, uma vez que num blog de artesanato indígena encontrei a informação de que Iandê significa “nosso” em tupi-guarani.

Na lista da Arpen/SP não há nenhum registro de Inandê, mas há registro de dois nomes parecidos possivelmente inventados: Yejidê e Kayodê. No site Nomes no Brasil, do IBGE, não encontrei registros do nome Inandê, mas temos 30 pessoas chamadas Iandê, sendo que metade dos registros é de homens e metade de mulheres. Poderia ser considerado portanto, um nome unissex.

O significado de Iandê, ou seja, “nosso”, é muito bonito. Perfeito para um filho desejado e amado. Já Inandê, cujo significado alegadamente é “cocar”, também é muito bonito. Um cocar é o adorno usado por muitas tribos indígenas americanas na região da cabeça. 

Sua função variava de tribo pra tribo, podendo servir de adorno a símbolo de status ou classe na tribo. Geralmente, é confeccionado de penas presas a uma tira de couro ou de outro material. Apalavra “cocar” não é indígena, origina-se do francês cocarde, "distintivo que se usa na cabeça".

Sua beleza era considerada de importância secundária: o valor real do cocar estava em seu suposto poder para proteger o usuário. O cocar é de uso apenas para ocasiões especiais e é altamente simbólico. É conquistado por meio de atos de coragem na batalha: as penas significavam os próprios atos. Alguns guerreiros poderiam ter obtido apenas duas ou três penas de honra em toda a sua vida, pelo fato da alta dificuldade para conquistá-los. O cocar também foi uma marca maior de respeito, porque nunca poderia ser usado sem o consentimento dos líderes da tribo.

Uma grande honra, por exemplo, era conferida ao guerreiro que houvesse sido o primeiro a abater um inimigo no campo de batalha, pois isso significava que o guerreiro estava na dianteira da frente de combate. Penas foram entalhadas e decoradas para designar um evento e contar histórias individuais, como matar, capturar arma e escudo de um inimigo, e se o ato tivesse sido feito a cavalo ou a pé.

Em algumas tribos, cocares foram desenvolvidos para determinados indivíduos com permissão especial para caçar aves de rapina, como a águia. Algumas tribos permitiam que somente o guerreiro caçasse suas próprias águias. Esta era uma missão perigosa e demorada e significava que ele deveria deixar a tribo e viajar para o local onde o pássaro poderia ser encontrado, podendo ser em outro país. Quando o objetivo era alcançado, cerimônias eram realizadas para atrair os espíritos dos pássaros que seriam mortos.

O cocar do chefe é feito de penas recebidas por boas ações para a sua comunidade e é usado em grande honra. Cada pena representaria uma boa ação. O cocar de guerra do guerreiro, assim como o capacete romano, era usado pelos guerreiros para proteção durante a batalha (Wikipédia).



Uma referência do nome Iandê é o escritor e blogueiro Iandê Albuquerque, autor do livro ''Amores Cruzados'' lançado em 2014 pela Editora Penalux, também colunista no Superela e Obvious.





.

Nenhum comentário:

Postar um comentário