Glauco é a forma espanhola, italiana e portuguesa de Glaucus, que
seria a forma latinizada do grego (Glaukos), um nome que significa "cinza
azulado" ou "verde azulado". Esse termo era usado para designar a cor do mar, e usado por
Homero para definir o próprio mar. Mais tarde, outros escritores deram o sentido
de verde ou cinza azulado, em referência às folhas da oliveira e da cor dos
olhos. Precisamente por causa dos seus olhos brilhantes, o nome grego da coruja
foi Glaux.
Um dos epítetos da Atena é "Glaukopis", significando olhos
brilhantes. Etimologicamente, esta palavra deriva de "Glaucos", significando brilhante e "Ops", que
significa olho. É digno de nota que a palavra "Glaux" (coruja) tem a mesma raiz, aparentemente devido
aos olhos exclusivos do pássaro. Então, o pássaro que vê na escuridão está
intimamente associado à Atena, a deusa da sabedoria.
O feminino usual desse nome é
Glauce. Este era o nome de um deus grego do mar, assim como outros personagens na
lenda grega. Glauco era uma
divindade marinha cujas origens variam em diferentes fontes. Na peça “Orestes”,
de Euripedes, Glauco seria filho de
Nereu, tendo ajudado Menelau e os Argonautas em suas jornadas.
Glauco teria se apaixonado por Cila (Scylla), uma bela ninfa, mas não
foi correspondido, pois a ninfa sempre se afastava dele, assustada com sua aparência.
Ele procura Circe, a feiticeira, para conseguir uma poção que fizesse Cila
amá-lo. Mas Circe, apaixonada por ele, transforma Cila em um monstro com doze
pés e seis cabeças.
O nome Glauco foi levado por vários personagens da mitologia grega, além
do deus do mar. Podemos citar alguns: Glauco
de Creta, filho de Minos e Pasífae, morreu afogado num pote de mel e foi
ressuscitado por Poliido que o esfregou com certas ervas raras; Glauco, rei de Corinto, era filho de
Sísifo e Merope, e pai de Belerofonte; Glauco,
filho de Hipóloco, era um dos melhores guerreiros dentre os lícios, e lutava
sempre ao lado de Sarpedão, rei dos lícios e filho de Zeus. Depois da morte
deste, passou a comandar as hostes lícias, até a derrota final de Troia; Glauco, rei da Messênia, neto de
Cresfontes e descendente de Héracles.
Os portugueses então formaram o
nome Gláucio a partir do nome Glauco, e também o nome romano Glaucia, com a mesma origem. Esta versão foi influenciada pelas variantes femininas do
latim Glaucia, ou Glauciae.
Algumas referências:
Glauco Cataldo, compositor, professor e escritor italiano;
Glauco Della Porta, economista e político italiano;
Glauco di Locri, escritor da Grécia Antiga;
Glauco di Salle, dramaturgo e comediante italiano;
Glauco Mauri, ator, dublador e diretor italiano;
Glauco Onorato, ator e dublador italiano;
Glauco Rossi, pintor italiano;
Glauco Venier, pianista e compositor italiano;
Glauco, cartunista brasileiro
Glauco Mattoso, escritor brasileiro
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