sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Dona & Donna

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Dona ou Donna são nomes próprios femininos, sendo que o primeiro é uma variante do segundo. Ele vem de uma palavra italiana que significa “senhora”, ou “mulher”. Em inglês, é usado como uma forma feminina de Donald. Entre afro-americanos, também é usado o nome “LaDonna”, que é um equivalente (significando, obviamente, “a Dona”). Nos Estados Unidos, Dona ficou dentro do top 1000 desde 1880 (quando estava na posição 388) até 1970, quando terminou em 879o lugar.

A palavra italiana “Donna” vem da assimilação consoante da palavra latina Domna, forma da clássica palavra latina “domina”, ou seja, “senhora”. Para indicar a mulher, outras línguas românicas usam palavras diferentes, com significado correspondente. O francês por exemplo, usa “femme”, uma palavra também derivada do latim, só que da palavra “femina”, de onde também deriva a palavra “fêmea” ou “feminino”, enquanto o espanhol e o português usam “mulher” ou “mujer”, ambos derivados do latim “muliere”, que significa “esposa”.

No caso de Donna, os rankings internacionais são mais generosos: Nessa grafia ele está presente nos tops dos Estados Unidos (2010, posição 985), e foi muito popular – chegando a ficar dentro do top 10 no período entre a década de 30 até a década de 70.

Na Holanda, Donna aparece pela primeira vez no ranking de 2008, na posição 202, e continua presente em 2015, embora na posição 415. Na Inglaterra ele só aparece em 1996, na posição 441, e depois não volta a constar no ranking. No Canadá, que divulga somente o top 100, ele apareceu pela última vez em 1974, na posição 83, sendo que já tinha sido bem popular em anos anteriores, ficando por exemplo na 6a posição em 1951 e 1952.

Já em inglês, a palavra “woman” vem de um composto (wifman), que significa ser humano (man) feminino (wif). Em alemão, o substantivo é “frau”.

No Brasil, surpreendentemente, 829 pessoas se chamam Dona, num período que vai desde antes de 1930 até os anos 2000, sendo que o estado com maior frequência foi o Rio de Janeiro e a década onde mais nasceram meninas chamadas “Dona” foi a década de 40. Já Donna é o nome de 43 pessoas. É surpreendente por que “Dona”, no Brasil, tem significado aplicado.

Além de ser o feminino de Dom, um pronome de tratamento concedido a monarcas, príncipes, nobres portugueses, espanhóis e brasileiros, além de bispos católicos, abades, etc., incluindo o Papa, usando antes do prenome de qualquer princesa, rainha, etc. como no caso de Dona Leopoldina, imperatriz brasileira, a palavra “Dona” também é usada em relação a ser proprietária de alguma coisa (“ela é Dona da casa”, “ela é a Dona do carro”, etc).  Assim, tantas brasileiras chamadas Donna ou Dona me surpreendeu realmente.

A maior referência sem dúvida é Donna Summer, nome artístico de LaDonna Adrian Gaines, foi uma cantora norte-americana conhecida por suas gravações em estilo disco dos anos 70 e posteriormente dance-music nos anos 80, 90 e 2000´s. Recebeu o título de Rainha da Disco.

Além da famosa cantora, temos as escritoras Donna VanLiere e Donna Tartt, a atriz e apresentadora de televisão Donna Reed, e Donna Loren, outra cantora americana.

Recentemente, tivemos o nascimento de um dos filhos de Luana Piovani, que se chamou Dom. Talvez isso de alguma forma, no futuro, impulsione o nascimento de algumas Donna’s. Embora eu ainda ache ousado demais para o Brasil, precisando hibernar um bom tempo, para quem mora em países de qualquer língua menos português, espanhol e italiano, parece ser uma excelente alternativa.

Se você gosta muito de Donna, mas considera o nome problemático para a língua portuguesa, ele pode ser usado como apelido/abreviação de Donatella.




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