terça-feira, 21 de março de 2017

Cara

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Cara é um nome feminino, de uso em inglês, que deriva exatamente da palavra italiana que significa “amada”. Cara é usado como nome próprio desde o século 19, embora não tenha se tornado popular antes de 1950. Como variantes em inglês temos Kara e Karaugh. Tem origem e significado similar à Carina, Cherie e Cheryl. É muito provável que ele tenha se espalhado nos países de língua inglesa pela influência de Cora.

Kara, que pode ser considerado uma grafia alternativa, também tem uma ligação uma palavra no dialeto da Cornualha, que significa “amor”, sendo possivelmente cognato do nome feminino galês Carys. O nome é também dado à uma ilha no grupo de Ilhas Hébridas, na Escócia. A Ilha Cara é situada ao largo da ponta sul da Ilha de Gigha.

Na Turquia, a palavra Kara significa “escura”, que pode ou não estar relacionada com a palavra “Ciara” que tem o mesmo significado. Segundo uma submissão do Behind The Name, Kara também significa “prece, oração”, em Khana, uma língua da tribo Ogoni, na Nigéria (África).

Na Itália, Caro é considerado um nome masculino, com as alterações Carino e Carissimo, assim como Cara também tem as formas alteradas Carina e Carissima. Segundo a Wikipédia italiana, os nomes Carus e Cara já eram usados durante o tempo do Império Romano, tendo como exemplo o Imperador Marco Aurelio Caro. Entretanto, assinala-se que na Itália ambos os nomes em versão masculina e feminina são pouquíssimo difundidos.

Analisando o ranking dos Estados Unidos, percebemos que Cara entrou no top 1000 de nomes femininos no ano de 1952, sendo que atingiu sua maior popularidade em 1978, quando alcançou a 191ª posição. No último ranking, em 2015, Cara estava na 727ª posição, o que significou um número de 385 registros em todo o território norte-americano.

Cara encontra-se também nos rankings do Reino Unido (230º lugar em 2014), Irlanda (35º lugar em 2014), Irlanda do Norte (29º lugar em 2015) e Escócia (72º lugar em 2014). No Brasil, Cara é uma gíria para “um homem”, como por exemplo, na frase, “ela está namorando um cara”, ou “um cara apareceu aqui procurando você”. Também é usado no sentido de “querida”, quando se diz, em geral, “minha Cara”.

Basta olhar o verbete “cara” no dicionário para verificar a quantidade de sentidos possíveis: desde 1) parte anterior da cabeça, rosto, face; 2) expressão do rosto, fisionomia, semblante; 3) aparência das pessoas ou coisas; 4) face da moeda que está representada em relevo, geralmente a efígie de uma personalidade importante; 5) tratamento incivil que se dá a uma pessoa; Ou seja, a quantidade de abertura para bullying desse nome é recordista, começando com “cara de pau”. Sem mencionar a forma feminina da palavra “caro”, ou seja, “essa roupa está cara”, enfim.

Por isso, classifico Cara como um daqueles nomes muito legais que a gente conhece de filmes e séries, mas inviáveis no Brasil, como o fabuloso Nora. Mas, surpreendentemente, há 121 pessoas do sexo feminino chamadas Cara no Brasil, segundo o IBGE (Nomes no Brasil, Censo 2010). A maior parte delas está em São Paulo (33, para ser mais exata), e foram registradas entre 1980 e 2000. A variante Kara também tem 37 representantes.

Algumas referências incluem:

Cara Black, uma tenista do Zimbábue;
Cara Buono, atriz estadunidense;
Cara Delevingne, modelo britânica;
Cara Dillon, cantora irlandesa;
Cara Horgan, atriz britânica;
Cara Pifko, atriz canadense;
Cara Williams, atriz estadunidense;
Cara Capuano, âncora de esportes para ESPN USA;

Cara Wakelin, modelo canadense e atriz.




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