segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Importância da escolha dos nomes para os cristãos / católicos



Tanto para pessoas como para objetos, animais e lugares, os nomes servem para identificação. Se alguém deseja falar com uma pessoa, basta chamar por seu nome; porém, se chamar por outro nome, essa pessoa não responderá, pois quem atenderá será outra pessoa. Da mesma forma, se alguém que pretenda ir a algum lugar, Salvador, por exemplo, e ao tomar a condução pedir ao motorista que o leve a Recife, então verá a diferença que faz o uso errado do nome da cidade destino. Ou ainda, se alguém, desejando saciar a sede, pedir sal em vez de água, terá aumentada a sede em lugar de abrandá-la. Com estes exemplos simples, vemos a grande importância que têm os nomes das coisas, dos lugares e das pessoas.

Deus evidentemente pôs no homem o desejo de dar nome às coisas. O primeiro humano tinha nome, (Adão). Na história da criação, uma das primeiras coisas que as Sagradas Escrituras dizem que Adão fez, foi dar nome aos animais. Quando Deus deu uma esposa a Adão, imediatamente Adão a chamou de “Varoa/Mulher”. Mais tarde, ele deu-lhe o nome de Eva, porque “ela havia de tornar-se a mãe de todos os viventes”

Da terra formou, pois, o Senhor Deus todos os animais o campo e todas as aves do céu, e os trouxe ao homem, para ver como lhes chamaria; e tudo o que o homem chamou a todo ser vivente, isso foi o seu nome.

Assim o homem deu nomes a todos os animais domésticos, às aves do céu e a todos os animais do campo; mas para o homem não se achava ajudadora idônea.

Então o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre o homem, e este adormeceu; tomou-lhe, então, uma das costelas, e fechou a carne em seu lugar; e da costela que o senhor Deus lhe tomara, formou a mulher e a trouxe ao homem.

Então disse o homem: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; ela será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada. Genesis 19-23
Assim vemos que para o homem é coisa natural dar nomes a coisas, pois isso até foi uma incumbência dada por Deus ao homem.

Nomes na Antiguidade

Nos dias da antiguidade, porém, os nomes, além de serem identificadores, iam além disso. Eles tinham significados especiais. Os nomes antigos tinham relação com as circunstâncias do nascimento, do local, da aparência da criança, etc. Às vezes, o nome relacionava-se com o futuro da criança, é o caso dos nomes proféticos.

Muitas vezes, o nome representava a personalidade do indivíduo. Assim, o nome da pessoa era algo muito importante, digno de honra, pois representava o caráter do indivíduo, isto é, o próprio indivíduo.

Os povos antigos tinham por hábito dar nomes de seus ídolos aos seus descendentes. Como exemplo, temos Nebochadnezzar (Nabucodonosor), que significa "Nebo defende a fronteira" e Yezebel (Jezabel), por sua vez, quer dizer "Bel (Baal) é exaltado". O povo hebreu tinha um costume semelhante, isto é, davam a seus filhos nomes relacionados a Deus o Verdadeiro Criador.

Os nomes hebraicos começados ou terminados em "UL" ou "YAOHU" referem-se ao Altíssimo. ULYAOHU (Elias) significa YAOHU é Supremo; Kozoqiul (Ezequiel) significa "O Supremo é minha fortaleza".
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Os dominadores babilônicos trocavam os nomes das pessoas para por nomes relativos a seus ídolos, veja abaixo:


O próprio Deus mudou o nome de Abrão - pai da exaltação para Abraão - pai da multidão. Deus trocou o nome de Sarai, “contenciosa” para Sara “princesa”. Vemos, então, a grande importância que têm os nomes das pessoas para Deus. Aquele conta o número das estrelas, chamando-as a todas pelos seus nomes Salmo 147:4. E, por conseguinte, os nomes de todas as criaturas.

O fato de que o nome é considerado algo importante para Deus deduz-se de que, por meio de um anjo, ele instruiu às futuras mães de João Batista e do Messias quanto a qual deveria ser o nome dos filhos delas.

Mas o anjo lhe disse: Não temais, Zacarias; porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, te dará à luz um filho, e lhe porás o nome de João... Lucas 1:13

Eis que conceberás e darás à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus. Lucas 1:31

E, às vezes, Ele mudou os nomes ou deu nomes adicionais às pessoas para indicar o lugar que teriam em Seu propósito.

Jesus também reconheceu a importância dos nomes e referiu-se ao nome de Pedro ao dar-lhe um privilégio de serviço.

Disse-lhe Jesus: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelou, mas meu Pai, que está nos céus.

Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela... Mateus 16: 17-18
Os seres espirituais também têm nome. Dois mencionados nas Sagradas Escrituras são Gabriel Lucas 1:26 e Miguel Judas 1:9.

Um dos aspectos da revelação bíblica é o fato de que Deus tem Nome: Ele tem um Nome Pessoal, por meio do qual pode ser invocado. E Jesus, certamente tinha esse Nome em mente quando ensinou a Seus seguidores a orar: Santificado seja o Teu Nome... Mateus 6:9.

O nome dado a religião e igreja de Cristo

Cristo ao vim a Terra Ele, não seguiu nenhuma religião formal, como é o caso do judaísmo, porém Ele não deixou de cumprir os preceitos da lei mosaica.
Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir. Mateus 5:17
Sendo assim Jesus se tornou uma pessoa a ser seguida e não um seguidor de uma religião. Então os seguidores de Cristo receberam os nomes de acordo a Ele.

O primeiro nome dado provavelmente a religião criada por Cristo foi “Caminho”.

...e pediu-lhe cartas para Damasco, para as sinagogas, a fim de que, caso encontrasse alguns do Caminho, quer homens quer mulheres, os conduzisse presos a Jerusalém. Atos 9:2

Sendo assim os membros eram seguidores do Caminho que é Cristo.

Também os seguidores de Cristo foram chamados de nazarenos.

Temos achado que este homem é uma peste, e promotor de sedições entre todos os judeus, por todo o mundo, e chefe da seita dos nazarenos... Atos 24:5

Os judeus costumavam chamar os cristãos pelo apelido de nazarenos o que para eles era termo depreciativo, porquanto Nazaré era uma aldeia insignificante (João 1:46). Sabemos por relatos históricos que os judeus costumavam fazer objeção a esse nome (Cristo) como designação para indicar os seguidores de Jesus, e preferiam chamá-los “galileus”. Eles faziam isto porque não queriam associar Jesus com o Messias ungido, pois em grego o termo ungido significa Cristo.

Finalmente o nome de Cristão é dado aos seguidores de Cristo.

...e tendo-o achado, o levou para Antioquia. E durante um ano inteiro reuniram-se naquela igreja e instruíram muita gente; e em Antioquia os discípulos pela primeira vez foram chamados cristãos. Atos 11:26

O vocábulo cristão, christianoi em grego ou christianus em latim, aparece apenas três vezes no Novo Testamento (At 11:26; 26:28 e I Pedro 4:16). A desinência “ao” (de cristo+ão=cristão) significa “seguidor de, adepto de”. Segue a ordem de termos como herodianos (Mateus 22.16) que no grego é herodianoi, isto é seguidores de Herodes.

O argumento de que o nome cristão era uma zombaria dada pelos pagãos não procede. Bastaria apenas uma olhada rápida nestes três versículos do Novo Testamento citados acima para provar que além de não ser de origem pagã, este nome havia se tornado motivo de orgulho para toda a igreja.

Os nomes modernos

As denominações protestante e evangélicas são denominações modernas da religião cristã, pois não se encontra na Bíblia essas denominações do cristianismo, porém elas possuem respaldo histórico: O termo protestante vem do documento formal de protesto – Protestatio – que os luteranos apresentaram em uma assembléia em 1529, manifestando a sua oposição à política religiosa adotada pela Igreja Católica. Já o nome evangélico vem do fiel que se submete ao ensinamento contido nas “boas-novas” (evangelium, em latim) trazidas por Jesus.

Os nomes dado aos seguidores de Cristo

Discípulo – O primeiro nome.
Existe atualmente uma corrente cristã que prega que o nome dos seguidores de Cristo tem que ser discípulo, baseado na quantidade de vezes que ela aparece na Bíblia, 250 vezes, quanto o nome cristão só 03 vezes, e o nome crente 14 vezes.
Com certeza os primeiros seguidores de Cristo eram chamados de discípulo, principalmente pela ordem dada por Ele mesmo.
Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo... Mateus 28:19
Porém devemos entender que o fato da palavra discípulo aparecer tanto no Novo Testamento, e ser uma designação também para os seguidores de Cristo, ela não se sobrepõe as outras nomeações, afinal não é pecado chamar um discípulo de Cristo de cristão, muito pelo contrario é uma honra, como vimos anteriormente.

Crente – o nome mais conhecido.

A palavra CRENTE aparece novo testamento pela primeira vez falada pelo próprio Jesus a Tomé quando ele não estava crendo que era Jesus que tinha ressuscitado
Depois disse a Tomé: Chega aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; chega a tua mão, e mete-a no meu lado; e não mais sejas incrédulo, mas crente. João 20:27
Crente é o que crê em Jesus Cristo, é a aquele que crê no evangelho.
Crente é aquele que tem fé em Deus, e neste ponto até Abrão é chamado de crente.
De modo que os que são da fé são abençoados com o crente Abraão. Gálatas 3:9
A denominação se tornou mais usual, bem como protestante e evangélico, que são mais modernas, pois no caso não existe correlatos crentes, protestantes e evangélicos em outras religiões, ao invés de discípulo, pois alguém pode ser discípulo de Buda, de Gandhi e etc, bem como existe o discípulo de Cristo, além do discípulo ser discípulo de outro discípulo.

Notamos aqui uma coisa, que não faz diferença de como o seguidor de Cristo é chamado, mas sim que ele seja de Cristo. Cristão, discípulo, crente, protestante ou evangélico, tanto faz o importante é ser de Cristo.

O nome das igrejas.

Como vimos o homem tem necessidade de identificar as coisas através dos nomes, exemplo de Adão, sendo assim, passamos a identificar as muitas denominações religiosas através de nomes como: Pentecostais, Adventista, Batista e etc.
Nota este não é um ato errado, ao contrário do que alguns dizem ser um erro as famosas “placas denominacionais”, pois com elas os crentes se identificam com procedimentos e doutrinas das igrejas, a exemplo um crente tradicional não vai se sentir bem em uma igreja pentecostal, um Adventista do Sétimo Dia não se sentira confortável numa igreja dominical, e assim por diante.
Os defensores da idéia de que a igreja de Cristo não deve ter nome, dizem que Cristo não colocou nome, nem mandou colocar nome em igreja. Porém basear uma idéia no fato de Jesus não ter dito nada é no mínimo curioso, seria a doutrina do “Jesus não disse” ou do “Não está escrito”, se Jesus não disse logo o fato está em aberto. Porém Jesus colocou um nome em Sua igreja.
E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; vós, porém, a fazeis covil de salteadores. Mateus 21:13
O nome dado por Deus foi Casa de Oração, ou seja, a igreja é um lugar para todos orarem nela. Porém surge a necessidade de identificar os grupos, como sempre existiu, veja na Bíblia os grupos dos judeus dos Farizeus, Suduceus, Herodianos, além dos crentes da circuncisão (Atos 10:49) e dos gentios e etc. Sendo assim surge a necessidade de identificarmos cada igreja com seu nome, uma igreja sem nome é uma igreja sem identidade.

Conclusão

Os nomes são importantíssimos para o homem, desde que fomos criados por Deus estamos colocando nome em tudo, pois esse foi um dos trabalhos que Deus nos deu, por isso é um despropósito negarmos a existência de nomes para igrejas. Devemos deixar simplesmente as questões sobre os nomes de lado e procurar engrandecer o nome de Deus e o depois: Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Romanos 10:13
Além de que Deus também faz grande o nome de alguns como foi o caso de Abrão.
Eu farei de ti uma grande nação; abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome; e tu, sê uma bênção. Genesis 12:2

Por Rubens Silva Aguiar
Editor@jacuipenoticias.com


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