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Scarlet ou Scarlett vem de um sobrenome que
provavelmente vinha de pessoas ou famílias que vendiam roupas feitas de
escarlate, uma espécie de pano, derivado do persa سقرلاط (saghrilat). Na verdade, não era um nome próprio feminino, mas foi
usado por Margaret Mitchell para sua protagonista no romance “E o Vento Levou”
(1936), Scarlett O’Hara,
inspirando-se no sobrenome de solteira de sua avó. Assim, popularizou-se em
países anglófonos.
Assim, além de ser um nome
estrangeiro, pode ser classificado como nome literário, e nome que advém de
sobrenome. Scarlet, além de ser a
variante do sobrenome, é a palavra em inglês para “escarlate”, que seria uma cor vermelha brilhante, viva, rubra, derivada
(via francês antigo e latim medieval) do persa سقرلاط (saghrilat),
o nome de um tipo de tecido, como dito acima.
Os Scarlet’s eram tecidos finos e caros, comuns da Inglaterra
medieval. Ele na verdade era tingido de várias cores, podendo ser verde, azul,
marrom ou branco, mas o mais distinto era o vermelho carmesim, ou vermelho
carmim, por isso hoje Scarlet é uma palavra predominantemente referida à cor.
Durante o reinado de Henrique VIII, o tecido Scarlett vermelho carmesim era proibido aos funcionários, por ser
uma cor muito distinta. A lei proibia certas classes de usá-lo, de modo que era
uma cor para a nobreza.
Scarlet,
nessa grafia, está classificado na 390ª posição nos Estados Unidos e na 223ª posição
no Reino Unido. Já na grafia Scarlett,
ele está classificado nas seguintes posições: Estados Unidos #30, Reino Unido
#17, Canadá #24, Austrália #19, Chile #93, Nova Zelândia #32, Irlanda do Norte
#30, Escócia #70. Assim, verificando sua posição nos rankings de vários países,
de acordo com o Behind The Name, vê-se que ele é bastante internacional e
facilmente reconhecido em uma gama de países, incluindo o Chile, que é um país
de língua espanhola e localizado na América do Sul.
No estado de São Paulo, de
acordo com a lista da Arpen/SP, foram registradas 18 meninas chamadas Scarlett em 2015 e mais 3 na grafia Scarlet. Eu admito que tive que copiar
e colar vários desses, por que meus olhos não deram conta de tantas letrinhas,
mas essas foram as outras grafias inventadas, adaptadas e estropiadas
registradas no ano de 2015, na mesma lista: Escarlet
#1, Scarletty #1, Yscarlet #1, Scarlety #1, Scarleth
#1, Scarlethy #1, Scarllety #1, Scarllet #4, Scarlleth #1, Scarllety #1;
Vou admitir que há bem pouco tempo
atrás eu diria que não é recomendável o uso desses nomes estrangeiros no
Brasil, em detrimento dos nomes mais adaptáveis à nossa língua materna. Porém,
hoje, dada a diversidade cultural do nosso país e ao fato do inglês ser
praticamente uma língua universal, já não tenho mais tantas restrições. Dos
nomes anglófonos, Scarlett é um dos
que mais aprecio.
Minha restrição à Scarlett é, precisamente, em relação ao sobrenome. Ainda não consegui
superar a mistura de nomes ingleses com sobrenomes tipicamente brasileiros, ou
italianos. Acho que ficaria bem uma Scarlett
Schmitt por exemplo, que é um sobrenome alemão super comum no sul do Brasil e
creio que já tenha se espalhado pelo resto do país, mas acho muito estranho uma
Scarlett da Silva, por exemplo.
Parece que há algo deslocado nesse caso. Talvez com mais um pouco de tempo
estudando onomástica, eu consiga abstrair isso, mas por enquanto, ainda
continuo desaconselhando.
Entretanto, Scarlett é um nome difícil de resistir ou ignorar. Além de adorar
Scarlett O’Hara, e suas frases célebres na obra escrita e no filme, acho o nome
vivaz, alegre, elegante, próprio de uma pessoa com personalidade e
originalidade. O considero ardente, intenso, adequado para uma mulher que sabe o que quer, independente e bem resolvida.
Algumas referências: Scarlet Salem, atriz e modelo americana; Scarlet Overkill é a principal antagonista do filme
"Minions"; Scarlett
Keegan, modelo e atriz norte-americana; Scarlett
Pomers, atriz americana; Scarlett Werner,
jogadora de tênis alemã. E é claro, uma das maiores referências, Scarlett
Ingrid Johansson, mais conhecida como Scarlett
Johansson, é uma atriz, cantora e modelo americana de ascendência
dinamarquesa e polonesa.
Como referência no Brasil, temos uma
intelectual: Scarlett Zerbetto Marton
é professora de história da filosofia contemporânea na Universidade de São
Paulo. É considerada uma das maiores conhecedoras brasileiras do filósofo
alemão Friedrich Nietzsche.
Scarlet. Behind The Name.
Scarlett. Behind The Name.
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