O nome Cauã é de origem tupi (indígena) e quer dizer “gavião”. É frequentemente usado na grafia Kauã. Constitui-se em uma moda entre os brasileiros nos últimos
anos, talvez pela popularidade do ator Cauã Reymond.
É o 28º nome no Ranking dos mais usados em 2014, mas caiu consideráveis
9 posições em relação ao ranking de 2013. Pode ser um sinal que a modinha está
passando.
No Estado de São Paulo (ARPEN/SP,
2014) tivemos o registro de 748
meninos com o nome Cauã e 1475 com a
grafia Kauã. Parece que o povo brasileiro prefere com K.
E pasmem: 2521 meninos com a
grafia Kauan, mais é claro, os 91
meninos com a grafia Cauan. Que
francamente, não muda a forma como os pais pronunciam o nome, mas para mim
muda: Cauã eu digo com o à bem pronunciado, enquanto Cauan eu digo com o
primeiro A aberto (Cáuan). Ou seja, gera dúvidas não só na escrita quanto na
pronúncia do nome da criança em questão.
Cauã consta na lista portuguesa de nomes aceites e não aceites,
porém, não é permitido: ou seja, alguém tentou fazer um pedido de aprovação,
mas foi barrado. O mesmo aconteceu para Kauã.
Então, podemos tirar uma prévia
conclusão disso: nossos amigos portugueses até tem a intenção de usar um nome
de origem indígena predominantemente usado no Brasil, porém, os órgãos do
governo entenderam que não.
Ainda assim, no território português
foram registrados 8 meninos com o
nome Kauã (sem compostos) e 11
meninos Cauã, sem compostos, 2 Kauan e 1 Kauãn, além de vários compostos de
Cauã + um nome tradicional (Cauã Pedro, Cauã Mateus, etc.), talvez uma
tentativa de equilibrar um nome “exótico” com um tradicional.
Ter dupla nacionalidade ou
casar-se com um estrangeiro parece ser a única forma de driblar a lista de
nomes permitidos em Portugal.
Simpatizo com o nome Cauã, mas não usaria em um filho. O
motivo? Parece-me um nome muito adequado a um bebê fofinho e com covinhas, ou a
uma criança engraçadinha e simpática. Mas o nome não cresce junto com a
criança, e quando adulto, tenho dificuldades em imaginar um Doutor Cauã ou um
vovô Cauã.
É um nome que é tão leve e tão
alegre que torna-se totalmente infantil. A pessoa vai crescer e amadurecer,
envelhecer e continuar com um nome infantil. E mesmo conhecendo o ator (lindo) Cauã Raymond, que já está na casa dos
30 anos, não consigo dissociar Cauã de um bebê gorduchinho.
Mas essa é uma questão de gosto
pessoal. Há pessoas que procuram justamente por nomes leves e alegres que
passem uma sensação eterna de infância, e para esses pais, que desejam esse
tipo de nome, Cauã é perfeito.
Também tem meu respeito por ser um nome indígena. Na minha opinião, nós brasileiros precisamos resgatar nossas origens indígenas e africanas e usar nomes dessas origens é um bom começo. Afinal, valorizamos tanto a cultura alheia e não desenvolvemos o hábito de potencializar a nossa.
Um fator que desabonou bastante foi a "invenção" de um feminino para Cauã, simplesmente acrescentando o sufixo "ane", que não existe na língua tupi: o resultado foi o bastante popular Kauane, Cauane (e outras grafias). Acrescentar Ane a um nome que significa "gavião" em tupi não faz com que o nome mantenha o mesmo significado, nem faz que ele absorva toda a origem indígena.
Não acho o significado nada de especial , mas acho a sonoridade mesmo diferente do que é habitual em Portugal , muito doce :)
ResponderExcluirAdoro mesmo o nome , mas não é admitido em Pt.. :(
Morro sem entender uma lista que barra Cauã mas aceita Kelly
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