sábado, 30 de abril de 2016

Carlota




Mais um nome que as línguas ibéricas estragaram: Carlota. A versão inglesa – Charlotte – é interessante, elegante, sonora, dotada de inúmeras qualidades, tanto que, é o nome da princesa da Inglaterra nascida em 2015, Charlotte Elizabeth Diana. Mas a versão portuguesa é Carlota, e isso é desanimador.

Claro que no Brasil nem passa pela cabeça dos pais usarem esse nome. Não existem registros de Carlota em todas as últimas listas disponíveis no Brasil, já em Portugal é um dos nomes femininos mais populares, em 2014 teve 230 registros – isso é bastante para Portugal.

Segundo o IBGE (Nomes no Brasil), há 3804 pessoas chamadas Carlota no Brasil, sendo que o auge de registros foi na década de 30 e 40, despencando consideravelmente nos anos 2000. O estado onde encontrar uma Carlota é mais fácil é no Piauí.

Sei o quanto é ligado à nobreza, aristocracia, rainhas, princesas e coisas do gênero, inclusive a nossa Carlota Joaquina de Bourbon, que de “nossa” tinha bem pouco, mas nada disso me faz gostar dessa terminação “ota”. A mim, tanto como lembra Cartola (é só trocar letras, afinal), como também bolota.

Além disso, Carlota é uma forma feminina de Carlos que o rigina-se do nome germânico Karl, que deriva de uma palavra que significa “homem”. Significado também sem graça nenhuma.

Em outros idiomas temos Charlotte (inglês, francês e dinamarquês), Séarlait (irlandês), Charlotta (islandês), Carolotta (latim).

No mesmo “pacote” de diminutivos e variantes de Carlos estão Carla (português), Charlize (africano), Carolina, Caroline (vários idiomas), Carola (italiano).




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