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Suzanne é a forma francesa do nome Susana, que também pode ser grafado como Suzane ou Susanne. Esse
nome aparece na Bíblia hebraica na forma “Shoshannah”,
sendo que o termo hebraico shoshan ou
shoushan significa “flor de lírio” ou ainda, a rosa, no
sentido que corresponde aos nomes femininos Liliana
ou Rose.
Alguns acreditam que a origem do
nome venha Shoushan, como chamavam a
cidade de Susa (em persa, Shoush),
então Susana designaria uma pessoa nascida em Susa. O equivalente árabe
do nome é Sawsan (Saoussane). É provável que o termo derive do antigo
Egito, onde SSN significava lótus, ou mais especificamente, o lírio azul (que
se reflete com o termo “nenúfar”, “lírio
sagrado” ou “lírio egípcio”).
Na Bíblia, Susana (dependendo da tradução) era uma discípula e seguidora de
Jesus, companheira dos apóstolos. A história da Susana bíblica pode ser lida no
seguinte parágrafo, retirado literalmente da Wikipédia portuguesa:
A história conta que uma bela esposa judia
chamada Susana é acusada falsamente por libidinosos observadores escondidos
(voyeur). Enquanto ela se banha no jardim e tendo mandado embora suas
damas-de-companhia, dois dos anciãos secretamente observam a adorável Susana.
Quando ela está voltando pra casa, eles a pressionam e ameaçam alegar que ela
estaria se encontrando com um jovem no jardim caso ela não concorde em
entregar-se a eles. Ela se recusa a ser chantageada, é presa e está prestes a
ser executada por promiscuidade quando um jovem chamado Daniel interrompe o
julgamento, gritando que os dois anciãos deveriam ser questionados para
prevenir a morte de uma inocente. Após serem separados, os dois homens foram
questionados em detalhes do que viram, mas acabaram discordando sobre qual a
árvore sob cuja sombra Susana teria se encontrado com seu amante. No texto
grego, os nomes das árvores citadas pelos anciãos foram trocadilhos com a
sentença dada por Daniel. O primeiro diz que ela estava sob uma almécega [a]
(υπο σχινον, hupo schinon), e Daniel diz que um anjo está pronto para cortá-lo
(σχισει, schisei) em dois. O segundo diz que eles estavam sob um carvalho (υπο
πρινον, hupo prinon), Daniel diz que um anjo está pronto para serrá-lo (πρισαι,
prisai) em dois. A grande diferença de tamanho entre a almécega e o carvalho
torna a mentira dos anciãos óbvia para todos os observadores. Ambos são então
executados e a virtude triunfou. Os trocadilhos gregos no texto já foram
citados por alguns autores como prova de que eles nunca existiram em hebraico e
nem em aramaico, mas outros pesquisadores sugeriram pares de palavras para
árvore e verbos de corte que soam parecidas o suficiente para supor que elas
poderiam ter sido usadas no original.
Em São Paulo, foram 4 registros
do nome Suzanne, nessa grafia
(Arpen/SP) no ano de 2015. Mas tivemos ainda 3 Suzane, 1 Susanne, 1 Susane, totalizando (foneticamente) 9
registros.
Nos Estados Unidos, Suzanne
esteve dentro do top 100 de 1943 até 1973, ou seja, por 30 anos, mas aparece
pela última vez no ranking de 1999 na 948ª posição. No Canadá, sua última
aparição no ranking se deu em 1980, na Inglaterra em 1997, na Suécia em 1955.
Enquanto isso na França continua aparecendo
razoavelmente bem posicionado no ranking de 2010, na 232ª posição. Na Holanda,
aparece no ranking de 2014 no 397º lugar. Esses posicionamentos em rankings de
nomes mais registrados de vários países nos mostra que Suzanne é um nome
bastante internacional. Uma criança nascida brasileira que no futuro viesse a
morar em qualquer país de língua francesa, latina ou anglófona não teria
problemas com pronúncia e escrita do seu nome.
Pessoalmente, acho Suzanne um nome muito charmoso, incomum
e original para os dias de hoje no Brasil. O nome teve mais expressão na década
de 60, 70 e 80, mas acredito que não tenha ficado marcado como um nome datado e
ultrapassado, e sim, como um vintage
a ser recuperado. Ainda prefiro a grafia Suzana/Susana,
mas acho Suzanne muito válido.
O nome ficou um pouco marcado por
causa do caso de Suzane Von
Richtoffen, mentora do assassinato dos pais em meados do ano de 2002. O caso
teve repercussão nacional, e a mandante do crime continua presa na
penitenciária de Tremembé. Para quem tem medo da associação negativa que pode
causar, principalmente para pessoas que vivem mais próximo de São Paulo, então
o nome é desaconselhado. Mas, um nome não é propriedade de uma única pessoa, e
existem milhões de Suzanne’s que são
ótimas pessoas, logo, o nome não pode ficar estragado por apenas uma delas.
Referências:
Suzanne Lilar, dramaturga, ensaísta e romancista belga.
Suzanne Collins, escritora americana famosa pela autoria da
trilogia Jogos Vorazes.
Suzanne Nadine Veja, cantora e compositora americana.
Suzanne Valadon, pintora francesa.
Suzanne Flon, atriz francesa.
Suzanne também é o título e tema
de uma música de Leonard Cohen (leia a tradução aqui):
Suzanne
Suzanne takes you down
to her place near the river
You can hear the boats
go by
You can spend the
night beside her
And you know that
she's half crazy
But that's why you
want to be there
And she feeds you tea
and oranges
That come all the way
from China
And just when you mean
to tell her
That you have no love
to give her
Then she gets you on
her wavelength
And she lets the river
answer
That you've always
been her lover
And you want to travel
with her
And you want to travel
blind
And you know that she
will trust you
For you've touched her
perfect body
With your mind
And Jesus was a sailor
When he walked upon
the water
And he spent a long
time watching
From his lonely wooden
tower
And when he knew for
certain
Only drowning men
could see him
He said "All men
will be sailors then
Until the sea shall
free them"
But he himself was
broken
Long before the sky
would open
Forsaken, almost human
He sank beneath your
wisdom like a stone
And you want to travel
with him
And you want to travel
blind
And you think maybe
you'll trust him
For he's touched your
perfect body
With his mind
Now Suzanne takes your
hand
And she leads you to
the river
She is wearing rags
and feathers
From Salvation Army
counters
And the sun pours down
like honey
On our lady of the
harbour
And she shows you
where to look
Among the garbage and
the flowers
There are heroes in
the seaweed
There are children in
the morning
They are leaning out
for love
And they will lean
that way forever
While Suzanne holds
the mirror
And you want to travel
with her
And you want to travel
blind
And you know that you
can trust her
For she's touched your
perfect body
With her mind
.
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