. |
Para quem acompanha o nosso Blog,
assim como outros blogs e sites sobre nomes, já deve ter reparado que não temos
um ranking brasileiro de nomes, oficial e abrangente. Dispomos do ranking
organizado pelo BabyCenter, que não é oficial, é um levantamento por amostragem
baseado nos nomes dos bebês dos usuários do site nascidos naquele ano, que pode
ser influenciado por inúmeros fatores para não ser fiel à realidade, como 1)
muitos dos usuários são portugueses ou de outros países de língua portuguesa;
2) muitos usuários são fakes. Então, embora ele seja nacional, ele não é
oficial e nem seguro.
A lista divulgada pela Arpen/SP,
uma espécie de associação dos cartórios de registro civil de São Paulo é
oficial, porém, não é abrangente: ela se refere apenas à bebês nascidos em São
Paulo durante o ano. Claro que São Paulo é um estado grande em termos de
população, então a lista da Arpen/SP é bastante representativa, mas não é
abrangente, pois deixa de fora os outros estados brasileiros e o Distrito
Federal.
Ainda temos a ferramenta do IBGE
intitulada “Nomes no Brasil”, que é “oficial” e é “abrangente”, mas também vem
com um defeito: ela só leva em consideração dados até a data do último Censo,
ou seja, 2010. Então, os nomes usados depois disso ficam fora da contagem.
Diante de tudo isso temos uma
lista que é nacional mas não é oficial, uma que é oficial mas não é nacional, e
uma que é nacional e oficial, mas só leva em conta nascimentos até 2010.
Existem inúmeros países do mundo
que tem rankins oficiais, conforme já foi divulgado aqui no Blog, entre eles,
Estados Unidos, Inglaterra, Portugal, França, Espanha, etc. Na América do Sul,
apenas o Chile divulga um ranking anual, até onde sabemos. O Brasil,
infelizmente, ainda não tem um ranking.
Por que não temos um ranking
brasileiro? Em busca da resposta, entramos em contato com a Arpen/SP, que nos
respondeu gentil e prontamente. Segundo o responsável pelo e-mail, Alexandre
Lacerda, a possibilidade do levantamento de dados divulgado pela Arpen/SP só
foi possível em razão da criação da Central Nacional de Informações do Registro
Civil (CRC Nacional), que se originou de uma iniciativa do Estado de São Paulo
em 2012. Para esta central, todos os cartórios devem enviar a cada 10 dias todos
os nascimentos, casamentos e óbitos lavrados em suas unidades.
Desde a criação da Central no
estado de São Paulo, outros estados integraram-se e hoje já existe o mesmo
sistema em Santa Catarina, Espirito Santo, Acre e Pernambuco. Outros ainda
estão em fase de integração ou então em procedimento de criação de bases de
dados próprias. Desta forma, de acordo com Alexandre, temos apenas dados dos
Estados acima listados – porém, ainda não são divulgados os rankings completos.
Desse modo, a Associação Nacional
dos Cartórios não tem como conseguir um levantamento desse nível nacionalmente,
pois nem todos os cartórios do Brasil estão informatizados, o que impossibilita
a busca de informações. É por isso que ao escrever sobre um nome, e dar sua
estimativa de uso, fazemos uma salada de frutas e usamos vários dados: desde a
lista da Arpen/SP, como do BabyCenter e do IBGE.
Ficamos no aguardo de uma lista
nacional em breve, afinal, em tempos de mundo informatizado, de tecnologias, é
impossível que os cartórios não consigam se conectar e compartilhar dados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário