quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Augustina




Augustina é uma elaboração romana antiga e também italiana do nome Augusta. Se trata da forma feminina de Augustinus, um patronímico do nome Augusto. Nos Estados Unidos, entrou uma única vez no ranking de 1000 nomes femininos mais registrados, em 1903, no remoto 969º lugar.

Augusto, por sua vez, é um adjetivo que significa literalmente “majestoso, venerável”, baseado no verbo “augere”, que quer dizer “levantar, fazer crescer”. Esse foi um titulo adotado por imperadores romanos. A primeira mulher a levar o título de “Augusta”, foi Lívia, seguida por várias outras matronas romanas. Na Inglaterra e nos países de língua inglesa se espalhou graças à mulheres da família real britânica que o levaram, como a mãe, a irmã e especialmente a filha do Rei George III.

Assim, o nome Augustina e todas as suas variações, é confundido como um diminutivo de Augusta, mas na verdade é um patronímico (nome formado pelo nome do pai ou de outro ascendente), remetendo muito mais à “filha de Augusto” do que para “Augustinha”, como é usado no Brasil.

Como variantes temos: Augustine (francês e alemão), Agostina, Dina (italiano), Augustyna (polonês), Agustina (espanhol). Os apelidos mais frequentemente usados são Gusta e Tina.

No Brasil, há 568 pessoas chamadas Augustina, segundo o Nomes no Brasil, do IBGE, nascidas da década de 30 aos anos 2000, mas frequentes mesmo na década de 40. O Mato Grosso do Sul se constitui no estado onde é mais fácil encontrar mulheres chamadas Augustina.

Mas a variante preferida do brasileiro parece ser mesmo Augustinha: 1.206 pessoas tem como nome esse diminutivo bem português de Augusta. Temos ainda Agostina (508 pessoas), Agustina (291 pessoas), Agustinha (711 pessoas) e Agostinha (1.939 pessoas). Confesso que, exceto por Agostina e Augustina, os outros diminutivos me dão arrepio, especialmente esses com –inha no final. Quem gostaria de ter um nome terminado em –inha? Até o nome já vem diminuindo a gente... Eu hein?!

Ainda segundo a plataforma do IBGE, temos Augustine como nome de 20 pessoas. Essa é, de longe, minha variante predileta, uma vez que não sou das maiores fãs da terminação –tina.


De qualquer modo, Augustina é um nome longo e que tem logo cara de realeza, nobreza, monarquia. Imaginando uma personagem, eu imagino uma rainha muito elegante, inteligente e culta, mas forte e determinada, talvez até identificada com as causas do povo. Tudo isso talvez, pelo fato de Augustina lembrar automaticamente Leopoldina – por algum motivo acho que tem a mesma vibe – e a Princesa Leopoldina ter sustentado essas características (foi mais amada pelo povo do que o próprio imperador).

Augustinha, como encontrei na listagem do IBGE faz com que esse charme todo vá para o espaço. E Augustine, por sua vez, já remete totalmente à uma vibração francesa, o que também esbanja originalidade e elegância. 




Um comentário:

  1. Augusta é infinitamente mais leve e menos formal, apesar de já ser forte. Se fosse para escolher uma variante dessas, ficaria com Agostina.

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